Capítulo 1: O Coração Vermelho sobre o Toque de uma Rosa Negra.

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No dia 7 de outubro, um mês que provavelmente iria passar despercebido para muitas pessoas. Mas não nesse caso em especial. Dentro de um crematório, encontra-se Renier Kanemoto, um jovem que acabou de completar 16 anos, no mês passado.

Seus cabelos escuros, junto com um par de olhos azuis que sugerem ser bem diferente do que os da maioria.
Renier era um indivíduo bastante acima da média em várias coisas, além de possuir memória fotográfica, sendo capaz de lembrar de cada momento em sua vida com facilidade.

Mas a tristeza era vista em sua face, observando um porta-retrato. Seu avô, um velho amável que havia o criado desde o seu nascimento.

- Seu avô costumava viajar pelo mundo com você, não é? Renier, você ficará bem sozinho? - disse a senhora amiga de longa data de seu avô, vestida em um quimono tradicional cinza em estilo japonês. Seus cabelos escuros com algumas mechas em branco amarrados para trás.

Renier aprendeu desde criança com seu avô, a viajar então amando a exploração desde cedo. Além de que ele nunca entendeu, seu avô nunca havia mencionado qualquer tipo de informação sobre seus pais.

Ele como obediente a alguém que respeitou desde sempre, Renier sempre procurou respeitar a decisão de seu avô ao omitir essas informações.

Renier após alguns segundos olhando a foto do seu avô, quebrou o silêncio na sala voltando sua visão para a senhora.

Oferecendo um sorriso sincero, afirmando: - Tudo bem. O vovô gostaria que eu fosse forte diante de sua morte, não cheio de tristeza. Vou honrar aquele velho, hehe...

- Você parece bastante maduro para sua idade. Aqui estão as chaves. Uma antiga casa do seu avô, preservada desde a Era Edo ou até mais antiga que isso, seria um bom lugar para ficar, já que você é o único descendente vivo dele - ela afirmou, entregando-lhe um par de chaves.

Renier desde que aprendeu a falar, se mostrou ser mais maduro do que a maioria das crianças de sua idade. De fato algo a se elogiar em um jovem como neste século.

Renier segurando a chave em suas mãos, teve sua cabeça tocada suavemente, a senhora em um sorriso caloroso, mostrando empatia por sua situação deu um conforto que para ela parecia ser necessário para o garoto no momento.

Após a sua saída na sala de cremação, acabou por deixar um silêncio bastante estranho para Renier que observou sua chave.

- Bem, talvez me estacionar em um local mais familiar para mim, seja bom, - pensou Renier.

Agora que seu falecido avô tinha morrido. Uma casa de herança então seria uma boa ideia parar em algum lugar, afinal para Renier viajar sozinho não tem o mesmo sentimento que ele queria em uma explosão.

Por fim decidiu morar na casa fornecida pelo seu avô, que agora será dele...

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No meio do ano letivo em sua nova escola, Renier se encontrava sentado em sua carteira, os olhos vagando pela paisagem urbana lá fora enquanto as nuvens deslizavam lentamente pelo céu. O tédio o consumia, ignorando completamente o que se passava na sala de aula.

Seis meses haviam se passado desde a morte de seu avô, e morando em sua nova casa, a realidade era menos emocionante do que os mangás e novelas que ele costumava devorar. Pelo menos, durante esse tempo, ele havia conquistado uma namorada e uma melhor amiga, uma garota popular da escola e uma famosa estrela pop, respectivamente que tornaram seus dias mais interessantes.

Uma voz estridente ecoou ao fundo, tentando trazê-lo de volta à realidade da sala de aula. Era uma garota loira com feições delicadas e olhos azuis, sua aparência digna de uma modelo, mas a frustração em seu rosto era evidente ao tentar chamar a atenção de seu melhor amigo.

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