Capítulo 15: Revelações do Passado: Olhos Demoníacos e Heranças Ocultas.

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No dia seguinte, após todos despertarem, prepararam-se para deixar a Floresta Perdida, agora com uma carroça à disposição, o que tornaria a jornada mais ágil.

Renier dedicava-se a verificar o conteúdo das mercadorias adquiridas dos mercenários, inspecionando os sacos grandes e constatando que havia suprimentos suficientes para algumas semanas. Isso indicava que os mercenários estavam se preparando para uma viagem extensa após deixarem a floresta.

Enquanto isso, perto da segunda carroça, onde Aura e Sapphire cuidavam dos cavalos, Celestia e Anastasia ainda dormiam no interior da carroça, mesmo após várias horas desde o amanhecer.

- Você acha que teremos problemas ao entrarmos na cidade? - indagou Sapphire, preocupada, enquanto alimentava os cavalos com milho.

- Talvez, não posso garantir nada - respondeu Aura, dando de ombros. - Com Renier ao nosso lado e, considerando que somos três seres não-humanos, provavelmente deixaremos os humanos cautelosos - acrescentou.

Aura ajustava as selas dos cavalos, garantindo que ficassem firmes e confortáveis para os animais.

Observando os movimentos de Aura com os cavalos, Sapphire demonstrava curiosidade. - Mesmo sendo uma Imperatriz, você sabe cuidar de cavalos, além de lutar e parecer ter experiência em diversas áreas - observou ela.

- Você veio de um mundo diferente, certo? - Aura voltou sua atenção para Sapphire, perguntando de forma descontraída. - Como uma Imperatriz guerreira, nós, Onis, fomos criados para enfrentar desafios e sempre buscamos aprimorar nossas habilidades. Como governante, tenho responsabilidades e deveres tanto de líder quanto de guerreira. Essas habilidades são fundamentais para mim - explicou, exibindo um sorriso orgulhoso.

Aura sentia um profundo orgulho de sua espécie e de suas habilidades. Seu corpo e sua força eram testemunhos de sua determinação, e ela sempre achava gratificante ver outros admirando o que era capaz de fazer.

Renier se aproximou das duas depois de organizar as sacolas dentro da primeira carroça, acompanhado por Anny enquanto se preparavam para a viagem.

- Temos algumas mercadorias valiosas, mas não consigo estimar seu valor. Acho que não teremos problemas se passarmos por mercadores, mas é uma incerteza... - ponderou Renier, ajudando Anny a subir na carroça.

- Concordo. Mas e quanto à Celestia, Anny e eu? - questionou Aura, levantando uma sobrancelha com dúvida.

Renier colocou a mão no queixo, refletindo sobre a situação. "Um Pesadelo, uma elfa e um oni na mesma carroça... além disso, Ana é uma ex-nobre agora escrava", pensou ele.

Estalando os dedos, ele apontou para Aura. - Lembrei de algo. O mercenário me chamou de príncipe e disse que eu deveria estar morto. Fiquei confuso com o que ele disse, mas... - comentou Renier antes de ser interrompido pelo bocejo vindo da carroça.

Celestia despertou de forma descontraída, ainda sonolenta. - Acho que dormi demais... - murmurou ela ao voltar o olhar para o grupo.

- Acordou na hora certa - disse Renier, sorrindo. - Estamos partindo, poderia acordar Ana também, por favor?

- Uh? Oh, claro... - respondeu ela meio confusa, porém indo fazer o que ele havia pedido.

Renier pretendia explicar algumas coisas para todos antes da viagem. Enquanto conversavam, a carroça avançava pelos caminhos sinuosos da floresta, com os raios do sol filtrando-se timidamente entre as densas copas das árvores.

O chão coberto por uma espessa camada de folhas secas amortecia o som dos cascos dos cavalos, enquanto o ar fresco da vegetação e o canto suave dos pássaros preenchiam o ambiente.

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