Capítulo 9: Filho de uma Deusa da Criação?

2 2 0
                                    

Acordando de um sono profundo, Renier abriu os olhos, encontrando-se sob o teto de seu quarto, em estilo tradicional japonês. Solta um leve bocejo enquanto começa a despertar completamente.

Ele olhava em volta vendo seu quarto habitual após mudar-se para o Japão quando seu avô havia falecido, seu quarto sendo o único lugar da casa que não no estilo antigo feudal japonês.

Uma arquitetura e imponente construção de uma residência japonesa, tendo vários quartos e mais de um banheiro e corredores extensos que deixava ele frustrado quando tinha que limpar.

- Parece que tive um pesadelo daqueles... - murmurou ele, levantando-se da cama e retirando o cobertor. Dirige-se ao banheiro.

Seus pensamentos levemente confusos, enquanto ainda processava o ambiente à sua volta.

Enquanto lava o rosto, uma sensação de esquecimento paira sobre ele. Observa seu uniforme pendurado no cabide, mas não dá muita importância. Prossegue para o banho e se arruma para ir à escola.

Após arrumar a gravata, Renier escova os dentes, notando uma mudança peculiar em seus olhos ao se olhar no espelho.

- Parece que estou observando o espaço... - comentou, surpreso, ao ver um leve brilho incomum, como se o próprio cosmos estivesse refletido neles.

Uma batida na porta do banheiro interrompeu sua contemplação.

- Filho, por quanto tempo pretende ficar aí? Você vai se atrasar - diz uma voz feminina doce e madura do outro lado da porta.

Renier ficou visivelmente surpreso. "Filho!?" pensou, intrigado com a identidade da mulher do outro lado. "Quem é essa mulher que está na minha casa?" perguntou-se enquanto abria a porta do banheiro num deslize para o lado.

Revelando uma mulher um pouco mais alta que ele, com cabelos vermelhos como vinho e olhos cor de âmbar, mostrando uma aparência refinada num corpo volumoso.

Ela usava um avental rosa e os cabelos estavam amarrados com um laço borboleta para trás, exibindo uma expressão materna enquanto observava Renier curiosa.

- O que houve com essa cara? Parece que viu um fantasma... - comentou ela em tom enérgico.

Renier não sabia o que dizer ou como responder, mas emoções e lembranças de convivência, ao mesmo tempo falsas e reais, transbordaram em sua mente. "Ela é minha mãe? Parece que sempre vivi com ela, mas que confusão é essa?" questionou-se, atordoado, enquanto colocava a mão na cabeça.

- Meu docinho, você está bem? Parece meio perdido - comentou ela, tocando suavemente o rosto de Renier com um sorriso amoroso, dissipando qualquer dúvida ou confusão enquanto seus olhares se encontravam.

- N-Não... Está tudo bem, mãe. Só tive um pesadelo ruim esta noite, por isso estou um pouco cansado. Já estou quase pronto para a escola, só vou colocar minhas meias - disse Renier, sorrindo para ela, dissipando qualquer dúvida.

Ela tocou levemente no nariz dele, num gesto adorável, antes de voltar para o corredor, sorrindo maternalmente. - Cuide bem de você, meu querido. Ter uma mente tão perspicaz como a sua pode ser tanto uma bênção quanto um problema, lembrando até das coisas ruins - afirmou ela. - O café está na mesa, então trate de se alimentar bem, está bem?

Caminhando pelo corredor em direção à cozinha para terminar de preparar o café da manhã para Renier, sua mãe é interrompida pelo tom calmo dele.

- Espera... - pediu ele, olhando para ela.

- Hum? Aconteceu algo? - perguntou ela, curiosa, voltando seu olhar para ele, que colocou o dedo levemente abaixo de seus olhos.

- Mãe, meus olhos parecem diferentes para você? - perguntou Renier casualmente, entregando-se ao clima.

Legado CósmicoOnde histórias criam vida. Descubra agora