Capítulo 1: O Tabuleiro mágico.

235 25 130
                                    

Em um tempo antigo repleto de lendas, seres híbridos e profecias, nós dois jogávamos dentro de um tabuleiro mágico com batalhas freneticamente intensas.

Alertei Tarrake onde vi os novos oponentes formados pela magia do tabuleiro. Ele sabendo disso, foi apressadamente ao local enquanto eu mudava de posição preocupado, não podemos perder, devemos superar o nosso recorde. Em vez de pegar os inimigos de surpresa, fui surpreendido, pois Tarrake já havia chegado e derrotado todos.

- Mudei de posição, e você fez tudo?

- Sou diferenciado, lembra? - Ele arranca a espada do defunto. - Prepare-se para a próxima rodada do jogo.

Ninguém via um conflito iniciar...

Veja o seu contador, acho que não eliminamos todos.

Porém logo afirmou que não havia mais o que procurar...

Nós não tínhamos a menor ideia do que estava acontecendo, mas por causa de uma interferência da magia do tabuleiro, cria-se um novo oponente o qual nos elimina e logo somos levados para fora do tabuleiro tendo o nosso tamanho normal de volta. Pelo menos conseguimos superar o recorde tão desejado por nós.

Ao saímos da Casa dos Tabuleiros, estamos num império amplamente rico, onde há carroças sobre as ruas de pedras lisas movidos a uma certa magia azulada e não a cavalos ou a jumentos; calçadas entrelaçadas de forma harmônica com gramíneas e algumas árvores.

Tarrake bate no meu ombro dizendo que é o momento de prosseguirmos numa missão fora do império e que irá buscar uma espada com magia para mim com o intuito de melhorar o nosso desempenho no objetivo. "Se eu fosse um híbrido não teria que ir, pois eu teria poderes." Afirmei logo sabendo da sua resposta.

- Eu deveria te matar nesse caso. Pode ir em frente para o portão da cidade, te alcancarei quando assim que você chegar. - Disse Tarrake indo para a sua casa buscar a espada para mim.

Enquanto continuo a andar penso... realmente, ele iria me matar. Não sei o porquê, mas é uma pena que nessa cidade... é proibida a presença de híbridos e animais domésticos nas casas. Ainda bem que eu sou só um ser humano. No outro lado da rua, meu amigo que apelido de Bicudo chamou a minha atenção.

A visão dele está piorando cada vez mais, acho que ele me notou por um ponto laranja embaçado o qual é a cor do meu cabelo... disse para ele atravessar a rua.

- Você tá indo numa missão nessa hora? Está meio tarde... - perguntou Bicudo.

- Que nada, eu irei com Tarrake, eu já volto.

- Esse seu "já volto" sempre me matou. - disse Bicudo.

Sobre a sua visão ruim, aquela velha história... quando será que irá me convidar para o seu plano a fim de conseguir os ingredientes mágicos para melhorar sua visão? Ainda me lembro no dia que estava com raiva por ter perdido pra mim num tabuleiro e deu uma bicuda num gato sentado pensando que era uma pedra por conta da sua visão horrivel! Viu, Bicudo? Nisso que dá procrastinar, ganhou um apelido bem dado!

- Nossa, toda vez que você me encontra conta essa história, mas é sério, daqui a pouco eu te chamo.

- Esse seu "daqui a pouco" sempre me matou.

Quando chegamos perto do imenso portão, Tarrake chega como prometido e me empresta a espada que eu mais gosto para as nossas missões. Na verdade, qualquer arma que ele me emprestar, sempre estarei satisfeito, pois todas elas são boas.

- Sorrami, se chegar cedo da missão, pode ir na minha casa ajudar num projeto meu? - perguntou Bicudo cruzando os braços.

Apenas se eu chegar cedo. Ele não confiou muito.

Tarrake me disse que deseja dormir cedo, provavelmente não irá para a taberna hoje. Lá, ele sempre demora sair quando encontra uns conhecidos enquanto eu fico no fundo lanchando algo ou fico fora do bar, pois nunca gostei dessas coisas.

Do lado do portão, há uma cabine onde tem um "Guardião das tarefas" que cria missões e suas recompensas.

Estamos bem equipados. Então Tarrake seleciona uma missão a qual devemos conquistar uma vila para o império. E assim o Guardião libera a abertura dos portões para avançarmos para a nossa meta do dia.

No meio da trilha com muitas árvores longas e finas, Tarrake me questiona se estou desenvolvendo alguma coisa para conseguir criar espadas com magia, melhorar as minhas técnicas de luta, dentre outras. Digo que não, mas logo penso que, na verdade, eu não tenho tanto prazer em desenvolver algo para a nossa cidade. Estou aqui, pois desde criança eu sempre gostei da natureza. Aqui não é um lugar agitado e repetitivo como o império... é um lugar calmo e sempre você irá encontrar coisas novas...

Mesmo assim, tento lhe dizer que não precisamos nos preocupar, visto que ainda somos bons no que praticamos. Porém ele faz um suspiro
reprovador e põe a sua voz sobre a minha.

- Apenas eu sou bom no que faço, pois como você poderá entrar na minha equipe sem se esforçar? Qual o nosso lema?

Conquistar o mundo é a nossa meta...

Ele começou a falar sobre esse lema com mais frequência apenas porque será imperador da comunidade daqui a dois dias? O anterior morreu por uma doença desconhecida e não deixou herdeiros diretos.

Os escolhidos por você estão preparados?

- Creio eu que estão ansiosos e sendo bastante responsáveis em questão de organização e desenvolvimento... diferente de você.

Olho para o lado como se eu não tivesse escutado essa pérola.

Ao chegarmos na área da missão, conseguimos conquistar com facilidade a comunidade levando os seus principais bens para o centro do nosso império.

Será que é tudo por hoje?

No império, já de noite, trocamos os itens roubados por 900 dracmas e no caminho para as nossas casas, já estou ansioso, pois planejo ir na casa do Bicudo ajudar no projeto dele.

- Sorrami, o quê você acha de um jovem assumir esse império inteiro? Acha que eu tenho cara para isso? - Tarrake pergunta curiosamente.

- Você sempre foi bom em tudo desde quando nós éramos crianças. E também pelo fato de que és o mais forte da comunidade. Então por que não?

Quando é um elogio, ele nem agradece.

Nesse momento uns conhecidos de Tarrake estão exatamente onde eu não queria... exatamente numa taberna! Logo, toda a minha expectativa de ir na casa do Bicudo desmorona como se estivesse jogando água numa parede de areia. Dessa vez, fico no lado de fora da taberna, pois na última vez que entrei estava apenas lanchando para disfarçar, mas vieram três garçonetes interessadas por mim só porque sou amigo do imperador e assim saí imediatamente daquele lugar. E não irei pra casa já que eu devo praticar lealdade ao futuro imperador. Muito tempo depois, ele finalmente sai da taberna, mas já era muito tarde para ir na casa do Bicudo...

- Vamos para as nossas casas que amanhã tem muito mais. - Disse Tarrake

Quando cheguei em casa, me deparo com uma bagunça terrível. Parece até que um furacão passou por aqui, porém é realmente a minha irresponsabilidade.

Daqui a 2 dias eu serei oficialmente o amigão do novo imperador. Então devo aparentar coisas boas.

Assim que arrumei a grande bagunça era de madrugada. Mas antes de dormir, uma pergunta pairava sobre a minha cabeça...

Como deve ser amigo de um novo imperador?

History Of Crafts - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora