Capítulo 6: Deixado para trás / Parte 1

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Era um dia de treino.

Ordenou o nosso mestre para que nós praticássemos no campinho verde pela tarde, mas um garoto antipático da minha mesma idade me invejava. Eu, Tarrake, numa situação dessas, era só mais um dia para eu ser o melhor da turma.

E dessa vez ele veio afobado.

- Eu te alcancei! - Chega em zigue-zague até mim e bate fortemente sua espada na minha.

"Andou treinando?" Pergunto com um sorriso forçado, mas claro, apertando um pouco mais a pegada.

- Despreocupado? - Bate repetidamente na minha arma com a sua - É hoje que você para de ser o centro das atenções!

Afasto o chutando generosamente a sua espada e digo "Vê se toma jeito, eu só pus um pouco de força, Joseph."

- Imundo! - Falou o apressado avançando em mim.

Simplesmente, desvio do previsível ataque e chuto atrás do joelho fazendo-o cair na lama. Pela sorte dele, não o deixei roxo, pois o mestre gritou, "chega!". Após isso, escuto uma menina comentando com as outras, provavelmente dizendo que eu venci. Mas a imundície abraça muito bem o Joseph.

- Encerrem os treinos, vocês têm uma missão a qual eu irei junto, hoje mesmo. Então descancem um pouco e se preparem rápido. - Disse o nosso mestre.

- O que iremos fazer? - Joseph pergunta removendo o excesso de lama!

- É melhor que saibam apenas quando chegar a hora, mas posso dizer que essa jornada será dividida em dois dias.

- Se o senhor disse que vem conosco, está ótimo. - Disse Anne, a novata da turma.

Sorte a minha, pois eu havia arrumado as minhas coisas no dia correto. Tive um bom pressentimento, porque fazia um tempo que não tinhamos uma única missão. Portanto, deito no campinho verde usando a minha bolsa como travesseiro, mas antes de cochilar vejo o Joseph encharcado vindo de um rio intermitente perto da área de treinamento e começa arrumar a sua bolsa sobre um tronco de árvore cortada.

"Você não vai descansar igualmente como todos os outros?" Pergunto com curiosidade, mas ele se nega, pois, para Joseph, descansar é um ato que o atrasaria. Coitado, ele procura um dom que não existe.

Ao ouvir de perto o sussurro da gramínea, meus olhos se fecham sozinhos e o som de tudo diminui, mas abro novamente com um espanto e não vejo Joseph em nenhum lugar. Viro para trás e vejo o Sol prestes a esconder-se atrás da muralha do império. "Droga! Caí no sono!" Pego a minha bolsa e sigo em frente para o portão do império com a esperança de encontrar a minha turma.

No caminho, vejo uma moça varrendo a poeira da sua casa. Acidentalmente, inalo o pó e paro para tossir na frente dela.

"Oh meu querido, me desculpe!" Disse ela.

Aproveitando a parada, pergunto se uma turma de adolescentes com um mestre havia passado por ela. No entanto, a dona da casa apoiando-se na vassoura disse que acabara de sair para remover o excesso da sujeira da sua moradia acrescentando que desconhece de onde vem tanta poeira. Com pressa, apenas agradeço pela informação seguindo em frente.

Ao andar pelas ruas de pedras, concluo que a maioria dessas pessoas não avistaram a minha turma, pois as que viram devem ter saído da região. Lembrando que adormeci por um tempo. É melhor correr e perguntar para o "Guardião das tarefas", porque ele sabe tudo o que entra e o que sai.

"Nossa, tomara que Tarrake ainda esteja dormindo" cochichei de braços cruzados olhando para a longa rua cheia de comerciantes e carroças passando mercadoria.

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⏰ Última atualização: Oct 09 ⏰

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