Para Tudo Uma Razão: A Serenidade (Livro 1)

Contradição

   Thommy coloca os caixotes em um carrinho de mão e os amarra de forma que nenhum impacto os derrube ou os quebre. Quando termina, ele fica orgulhoso de seu trabalho e se pergunta se Celine já está pronta. A garota chega e os dois saem em direção ao mercado. Ao chegar e montar sua pequena barraca, clientes começam a chegar e as vendas disparam. Parece que as pessoas gostaram de ver a luta que teve com o comandante e passaram a comprar pois pensavam que tinha a ver com os frascos medicinais que eles vendem. Do meio da multidão, uma pessoa encapuzada e toda coberta chega e faz um pedido:

- Boa tarde, eu queria 3 desses frascos.

   Thommy agradece o interesse e lhe entrega os frascos de forma cautelosa. Quando recebe o pagamento, uma carta foi entregue enrolado na bolsa de moedas. Estranhando, ele decide deixar Celine cuidar da loja sozinho por um tempinho e ler.

- Garota, volto em um instante.

- Ei, aonde pensa que vai, volta aqui, Thommy!

   Thommy pega a carta e começa a examinar de forma atenciosa. De forma alguma aparentava ter algo de perigoso, mas ele não conseguia parar de se preocupar que tivesse alguma coisa a ver com a explosão da casa. Antes de abrir, o andarilho começa a pensar sobre o que poderia ter de conteúdo dentro, elevando sua ansiedade pois há muitos não recebia algo assim. Ao finalmente criar coragem, ele abre a carta e começa a ler o conteúdo:

"Eu notei os guardas tendo certas... Desavenças com vocês. Eu tenho informações que você busca, pelo menos, em partes Thommy. Esses demônios que existem no poder deste reino se acham como deuses desse mundo. Eu não aceito que esse lugar em que nasci se torne algo obscuro. Por esse motivo, eu vou limpar essa sujeira pelas raízes e eu preciso de pessoas iguais a você. Eu contarei tudo que eu sei, e quem eu sou, se aceitarem, estejam na antiga casa de vocês e um dos meus entrarão em contato com vocês. Queime esta carta."

   Interessante, mas também suspeito, a carta contém um carimbo e, ao virar a carta, pode-se notar mais uma frase.

"Alguém importante para você pode estar próximo, então não desista e tenha paciência"

- Confesso, o método de persuasão funcionou bem. Garota! Temos uma coisa a fazer.

   Celine fica confusa, mas não questiona, pois pelo semblante de Thommy, se trata de algo sério. Após pegarem suas coisas e retornarem para casa, ao cair da noite, o andarilho e a garota se preparam para seguir as instruções da carta. Vestidos de forma mais livre e confortável possível para qualquer imprevisto. Eles então se dirigem ao local que fora escrito, nervosos com o que possa acontecer. Celine aparenta estar ansiosa, Thommy havia explicado para ela, mesmo compreendendo, no fundo ela sentia que iria acontecer a mesma que aconteceu com seus pais. Independente, ela estava preparada.

   Quando chegaram, eles encontram os destroços no mesmo lugar. Nada mudou. Olhar aquilo fazia Thommy ficar com raiva de quem fez essa maldade, mesmo sem ter uma ideia de quem o fez.

- Não se preocupe, Thommy! foi o nosso começo aqui.

- Tem razão...

   Quando o andarilho olha para trás, Celine, está ao chão desacordada. Mesmo tendo seus instintos aguçados, Thommy sente algo penetrando sua perna, rapidamente ele arranca e o objeto se assemelha a um dardo. Ele tenta se manter acordado, mas vai perdendo suas forças, caindo de joelhos, sua visão fica turva e ele cai totalmente.

- Celine... N-ão...

   O crepitar das chamas... Fumaça paira no ar... Que gritaria é essa?...

- Protejam as crianças e quem puder lutar, me sigam! Pelos BRAYER.