Para Tudo Uma Razão: A Serenidade (Livro 1)

Aquilo que Esperávamos

Thommy acorda e se levanta, o quarto bem organizado, impecável. Virando-se, encontra Celine na janela olhando para fora, contemplando a beleza dos raios do sol. Aparentemente, Celine acordou cedo e arrumou a bagunça de ontem.

- Os raios do sol... Eu nunca pude contemplar o quão belo poderia ser o despertar com os raios solares. Ter de viver, sobreviver, em ruas e buracos de casas, aquilo não é vida.

Como pode uma criança com essa idade ser forçada a crescer assim. ela não teve a infância que deveria, então a privar de diversão não é o correto.

- Tenha em mente, garota. Você está onde deveria estar. que tal uma caminhada por agora?

- Eu topo!

Ambos saem pela vila ajudando as pessoas que encontram pelo caminho. As pessoas agradecem e passam a gostar bastante dos dois. Enquanto isso acontece, alguém os observa por entre as casas. Thommy percebe e se arrepia, quando se vira, não encontra nada além de pessoas caminhando normalmente. Celine o observa com uma expressão triste, mas disfarça ao perceber que Thommy virou-se para a conversa novamente.

Depois de mais algumas caminhadas e conversas. Thommy e Celine se sentam em algumas caixas de onde estavam ajudando.

- Obrigada, Thommy. Eu precisava me divertir.

- Não agradeça, garota.

- Thommy, eu...

Celine pensa em revelar seu nome para Thommy, mas lembra que seus pais falaram para não fazer, ainda não era a hora.

- Ainda não encontramos o que viemos fazer, Thommy.

- Eu confesso que não consigo saber por onde procurar.

Depois de pararem a conversa, duas pessoas estão conversando em um canto perto deles sobre algo. Thommy foca sua atenção um pouco para ouvir a conversa, qualquer informação é útil nesse momento.

- Ficou sabendo? Recentemente essa vila foi atacada por cavaleiros.

Thommy se pega curioso. Cavaleiros? então foi uma ordem de Marcos?

- Eu soube, eles tinham alguns cavalos negros com armaduras. Me pergunto as guerras voltaram.

- Não acredito que seja isso, os tronos formaram uma aliança a uns anos. Tem chance de ser aquilo das histórias de terror para crianças?

- Confesso que eu sempre tive medo dessa história. Mas lendas são lendas, se forem verdade, temos um problema e tanto.

- Eu ainda tenho medo disso. Mas temo por nós, o reino do extremo norte entrou em confronto com um exército parecido com esse, na floresta da neve, mas eles sumiram!

- Só espero que não voltem.

O reino do extremo norte? quem são esses cavaleiros? preciso avisar Cecília. Thommy escuta perplexo e pensa consigo sobre isso. Quando vira seu olhar para Celine, percebe que ela também ouviu.

Na organização, Cecília está conversando com Tomas e Connor sobre uma possível quebra de suprimentos do governo aproveitando do festival do comércio.

Tomas - Eu não vejo oportunidade melhor, Cecí!

Cecília - Aqui dentro me trate como Cecília! Eu sou a chefe disso tudo.

Connor - Vamos nos organizar, por favor. Não fiquem agindo feito crianças mimadas, não somos mais adolescentes. Temos um Governo a derrubar. Tomas, do começo.

Tomas - Como eu havia dito. No começo do festival, no grande mercado da cidade, temos duas rotas que corta o centro do reino. Essas rotas comerciais são perfeitas para se interceptar mercadorias e suprimentos de transporte.