Enigma do Correio Desconhecido

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Hermione estava deitada sozinha na cama quando acordou.

A princípio, ficou irritada por Draco ter quebrado a sua promessa, mas, no segundo seguinte, ela ouviu a porta do banheiro se abrir.

Assim, endireitou-se um pouco, segurando o cobertor para cobrir a sua nudez.

Draco deve ter tomado um banho quente, porque, vendo atrás dele até o banheiro, havia pequenas nuvens de vapor prestes a escaparem pela janela inclinada.

Ele estava completamente nu, exceto por uma das toalhas de Hogwarts, a qual vinha enrolada em sua cintura.

— É essa a sua reação?

Ela encarou o rosto dele, e Malfoy sorriu.

— O quê? — perguntou, perplexa.

— Eu te disse "bom dia" — especificou. — Mas você não percebeu, pois parece estar muito absorta na vista. Não te julgo.

Ela sentiu calor em suas bochechas.

— Er... bom dia. — Hermione buscou a salvação.

Ele riu.

E, mais uma vez, a mulher pensou como Malfoy parecia adequado rindo daquele jeito — não arrogante nem rancoroso, mas honesto e caloroso.

— Você não quer se levantar? — ele indagou com um tom provocante.

— Sim, claro. Você poderia me dar o meu roupão?

As sobrancelhas claras dele se ergueram.

— Ou pelo menos uma toalha? — arriscou, timidamente.

Certamente o bruxo não esperava que ela se levantasse nua como estava e simplesmente andasse, não é?!

— Qual a sua lógica? — zombou, negando com a cabeça e rindo.

No entanto, ele não lhe fez o favor de lhe trazer um roupão de banho ou uma toalha. Em vez disso, calmamente pegou a sua própria roupa do chão.

— Vou me trocar — explicou. — Te vejo no café da manhã?

— Claro... — ela murmurou.

Com a roupa suja debaixo do braço e a varinha na mão, dirigiu-se para a porta.

Do lado de fora, os ruídos dos outros alunos podiam ser ouvidos. Também estavam a caminho do refeitório.

— Você vai para o seu quarto assim? — a moça questionou, atordoada.

Draco se virou e lançou-lhe uma expressão interrogativa, logo franziu a testa para si mesmo.

— Sim... por que não?

— Bem, porque... está nu! — exclamou.

— Eu não estou nu — ele a corrigiu. — Isso é óbvio.

— Mas está quase!

— E daí? — O sonserino deu de ombros. — Acha que alguém vai me parar?

— Não, mas... não sei, todos saberão que ontem nós...

A mulher parou, mordendo o lábio inferior.

Malfoy sorriu.

— Eles já sabem disso! — ele expôs, divertido. — Aqueles que nos ouviram ontem já devem ter contado aos outros.

Ao dizer isso, o sonserino abriu a porta, deixando-a sem palavras.


~*~

Paixão Imprevista (Dramione)Onde histórias criam vida. Descubra agora