Visita Desagradável

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Hermione sabia que era o tópico número um das conversas, melhor, o que havia entre ela e Draco.

Escutou sussurros, percebeu que a maioria achava estranho que eles estivessem em um relacionamento. E era claro que ela entendia que havia uma parte que não aprovava. Mesmo que conhecesse alguns bons sonserinos atualmente, não era ingênua a ponto de acreditar que ainda não havia aqueles com ideias racistas.

Os colegas das outras casas não aprovavam que ela se envolvesse com um ex-Comensal da Morte.

Os repetidores aceitaram com relativa calma, embora Hermione tivesse certeza de que as mulheres estavam sussurrando sobre o assunto, mas ninguém parecia condená-la. No entanto, Draco também estava bastante integrado com os estudantes e agora eles o conheciam sem preconceitos, o que não se aplicava aos outros alunos de Hogwarts.

Granger tentou não pensar muito nisso.

Depois que se formasse, em alguns meses, a bruxa só teria contato com aqueles de quem era amiga, e todos aceitariam o que quer que fosse entre ela e Draco.

Um "tanto faz" que chegaria a um fim abrupto no verão.

A moça estava na biblioteca, consultando as prateleiras. Havia marcado de estudar com Theodore, mas o sonserino não apareceu, o que era incomum, já que Hermione o achou muito confiável durante o ano letivo.

Nesse dia, ela estava matando o tempo até que fosse dar aulas para os sonserinos do segundo ano, então passeava pelas fileiras de livros e folheava páginas.

Hermione viu Draco com o canto do olho e ele estava indo direto para ela.

A mulher fingiu não notá-lo e, parada na frente das prateleiras, continuou lendo o manuscrito que acabara de pegar.

Draco ficou perto, apenas o suficiente para que eles não se tocassem, e olhou por cima do ombro para o livro aberto.

O comportamento dele a deixou nervosa, ela fechou a obra e a colocou de volta na prateleira.

O homem inclinou a cabeça para que seus lábios estivessem perto de sua orelha.

— Ocupada de novo, senhorita Granger? — A sua voz era baixa, muito profunda, e existia algo nela que a deixou arrepiada.

— Sim... Algo que não irá machucá-lo, senhor Malfoy — ela retrucou.

O loiro enterrou o rosto em seu cabelo.

— Hm... se você diz... — ele murmurou, e ela reprimiu um estremecimento.

— Você quer alguma coisa em particular? — indagou, mal controlando um suspiro.

— Sim, você viu Theo hoje?

— Não, tínhamos um compromisso para estudar, mas ele não veio. Por quê?

— Nós não o vemos desde o café da manhã — ele respondeu, de maneira suave.

A bruxa começou a se virar para encará-lo, mas ele reagiu em um piscar de olhos, prendendo a sua cintura e fazendo-a ficar de costas para ele.

— Aconteceu alguma coisa? — Hermione perguntou, confusa.

— Eu não sei... — Ela ouviu Draco atrás dela. — Espero que não. Ele não estava na aula. Blaise está verificando na ala hospitalar, então eu vim procurá-lo aqui.

— E se...

— Certeza que ele logo aparece — Draco sussurrou.

Suas mãos, que estavam fixas em seus quadris, acariciavam seus lados de uma maneira estranhamente exigente.

Paixão Imprevista (Dramione)Onde histórias criam vida. Descubra agora