Capítulo I

293 19 0
                                    

Com o surgir de um novo dia, Eden se ergueu mais uma vez, envolto em sua habitual segurança vigilante para com os alunos.

Entre os estudantes, uma jovem permanecia imóvel, seus olhos buscando ansiosamente por sua única amiga.

— Becky! — a voz a chamou, e ela se surpreendeu, um sorriso iluminando seu rosto ao reconhecer aquela voz que o tempo havia moldado. Seus olhos brilharam ao vê-la correndo em sua direção.

— Anya! — ela respondeu, o nome ecoando em um misto de emoção e alegria.

Após quase oito anos, elas finalmente se reuniram. Um instante de nostalgia pairou sobre elas quando se abraçaram, compartilhando um momento de reconexão. Após se separarem, seus olhares se encontraram, e Becky, com um gesto leve, direcionou um tapa no braço da rosada.

— Você nunca mais ouse desaparecer e me deixar sozinha aqui outra vez! — Blackbell expressou sua frustração de forma tão repentina que assustou a mais nova.

— Me desculpe! Mas foi necessário.

Anya ponderou: "A verdadeira identidade de Pa estava em risco por nossa causa, isso de forma alguma poderia acontecer."

De relance, Anya reconheceu um objeto — em sua opinião, adorável demais — preso à mochila da morena.

— Você ainda tem a ovelha?! — Ela exclamou, sua felicidade evidente, pois aquele pequeno objeto significava muito para ela.

— Oh, sim... — Becky desviou o olhar para o chaveiro. — Mesmo sendo completamente fora de moda... Foi um presente especial.

— Isso é... — Anya mal pôde terminar sua frase, pois sua amiga a interrompeu imediatamente.

— Mas deixando esse assunto de lado, notei que você veio sozinha, cadê o gato do seu pai? — Becky perguntou, olhando ao redor à procura de Loid.

— Eu posso muito bem vir sozinha e para sua informação: meus pais continuam muito bem casados. — A expressão de Anya era séria, não queria alimentar a paixonite da amiga por seu pai.

— Tudo bem, tudo bem, mas você tem que admitir que sou tão bonita quanto sua mãe. — A morena balançou seus cabelos como uma modelo.

— Hm, claro. — Anya concordou, mesmo relutante em alimentar o ego de Becky.

— Bem, já que seu pai não está aqui, não há razão para ficarmos aqui também. Vamos para dentro! — Becky puxou o braço de Anya, arrastando-a mesmo contra sua vontade.

A partir daquele momento, as duas não se separaram por nada, apenas trocando conversas triviais. Afinal, oito anos é muito tempo para recuperar.

Damian X AnyaOnde histórias criam vida. Descubra agora