Capítulo XXXIV

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Damian estava determinado a se declarar para Anya, depois de passar dias planejando a melhor maneira de expressar seus sentimentos. Ele definitivamente escolheu um encontro no parque, esperando criar um momento romântico e especial para revelar o que guardava em seu coração. Cada detalhe desse encontro foi meticulosamente planejado, mas quando chegou ao parque naquela tarde, algo estava nitidamente errado. Anya não estava lá, e um carro estranho parecia segui-lo de perto. Damian sentiu uma inquietação crescer em seu peito.

— Não reaja — Advertiu um homem alto e ruivo, apontando uma arma para ele.

— Você é filho de uma pessoa muito importante. Seu pai pagará um resgate considerável por você. — Outro homem declarou enquanto o imobilizava de maneira brusca e escondia seu rosto.

A surpresa não tomou conta de Damian diante da situação. Ele estava ciente de que sua posição na sociedade o colocava em risco, mas erroneamente confiou em seus seguranças pessoais para protegê-lo. No entanto, seus pensamentos rapidamente se voltaram para a garota de cabelos rosados. Ele se perguntava se Anya estava segura e jurou que faria tudo em seu poder para protegê-la, apesar de sua situação vulnerável.


[...]

Enquanto Damian estava imerso em seus próprios pensamentos, tentando encontrar uma brecha para escapar do cativeiro após varios dias de confinamento, ouviu uma voz familiar que o tirou de seu estado de torpor. Era a voz de Anya, um pouco mais rouca e irritada que o normal, enfrentando os sequestradores em uma discussão acalorada. Sua presença deu a Damian uma injeção de energia.

Ele percorreu sua cela até o outro lado na direção da voz, chegando a outra cela onde encontrou Anya acorrentada. Seu coração acelerou ao ver que ela também havia sido sequestrada.

— Damian, você está bem? — Perguntou Anya, seus olhos se iluminaram ao vê-lo ali.

— Eu estou bem, mas precisamos sair daqui. — Disse ele, determinado a encontrar uma maneira de libertá-la das amarras que a prendiam.

No entanto, as cordas eram implacáveis, e Damian sentiu sua impotência aumentar a cada tentativa frustrada de se soltar. Ele não conseguia acreditar que estava tão vulnerável e indefeso. Damian sempre se viu como alguém forte e capaz de enfrentar qualquer situação, mas agora se via em uma posição desesperadora.

Damian estava atordoado desde que percebeu que Anya também estava nas mãos dos sequestradores. Sentia-se culpado por ter atraído a atenção deles, colocando-a em perigo. A culpa o consumia. No entanto, Anya se aproximou dele, mesmo com as mãos amarradas.

— Não é culpa sua — ela afirmou, olhando-o com firmeza. — Eu sabia dos riscos quando me envolvi.

As palavras de Anya surpreenderam Damian. Ele nunca havia percebido a coragem e a determinação que ela carregava consigo. Ainda assim, ele se sentiu compreendido, como se ela pudesse ler seus pensamentos e sentimentos. Ela não estava apenas tentando confortá-lo; ela realmente acreditava que não era sua culpa.

— Eu não posso acreditar que fizeram isso com você — ele disse, ainda se sentindo impotente. — Eu deveria ter sido mais cuidadoso.

Anya balançou a cabeça em desacordo.

— Não foi culpa sua — ela repetiu com firmeza. — E não podemos ficar parados aqui. Precisamos encontrar uma maneira de escapar.

Juntos, começaram a elaborar um plano para se libertar daquele cativeiro após dias de confinamento. Damian estava grato por ter Anya ao seu lado, pois ela o ajudava a manter a calma e a se concentrar em encontrar uma solução. Enquanto isso, o pai de Anya, um espião altamente treinado, havia descoberto o paradeiro dos sequestradores e estava a caminho para resgatá-los. Damian e Anya não faziam ideia de que alguém estava vindo em seu socorro, mas continuaram a trabalhar em seu plano.

— A conversa parece interessante. — Disse um dos sequestradores, interrompendo a tensão na cela. — Mas ela está me incomodando. E muito.

Sem mais cerimônias, ele agarrou Anya pelo pescoço e a arrastou para fora da cela, fazendo-a quase cair no chão.

— Larga ela agora! — Gritou Damian, ao perceber a expressão de raiva de Anya e sua evidente dificuldade para respirar.

— Ou o que?! — Debochou o homem. — Cuidado, garoto, minha paciência está no limite.

Com um empurrão, o sequestrador fez Damian cair de ombros, fazendo-o gemer de dor. Ele riu com malícia e até cuspiu no garoto antes de sair da cela, arrastando Anya pelos cabelos. Lágrimas escorriam de seus olhos, mas ela chorava mais de raiva do que de dor, lançando uma enxurrada de palavras ofensivas contra o homem enquanto lutava desesperadamente para se libertar.

— ANYA! — Damian esbravejou.

Enquanto isso, a voz de Anya parecia se distanciar cada vez mais. Damian não podia ver o que estava acontecendo, mas podia ouvir a determinação em sua voz enquanto ela travava uma batalha para se libertar. Seu coração batia descontroladamente em seu peito, incapaz de suportar a ideia de que algo terrível pudesse acontecer com Anya. Gritos e barulhos de objetos caindo ecoavam, mas, em seguida, tudo ficou em silêncio.

Damian olhou ao redor e percebeu que os sequestradores haviam deixado algumas ferramentas ao seu alcance. Ele se esforçou para alcançá-las, movendo-se lentamente para não chamar a atenção dos captores. Finalmente, conseguiu pegar uma das ferramentas e começou a cortar as cordas que o mantinham preso.

De repente, a porta se abriu e um homem entrou na sala. Damian ficou tenso, pensando que era outro dos sequestradores. No entanto, ao ver que era Loid, o pai de Anya, ele sentiu um alívio avassalador, embora sua mente ainda estivesse confusa.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntou Damian, preocupado.

— Shh, não fale alto. Vamos sair daqui o mais rápido possível — disse Loid, cortando as cordas que o prendiam.

Eles saíram da sala e partiram em busca de Anya. A encontraram em outra sala, jogada ao chão e cercada pelos sequestradores. Ela estava gravemente ferida, mas ainda consciente.

— Cuide dela, eu lidarei com eles. — Ordenou Loid com raiva.

Sem pensar duas vezes, Damian correu até Anya e a abraçou, aliviado por vê-la viva. Anya também se emocionou ao ver Damian, embora a dor em seu ombro ferido a fizesse gemer.

— Apoie-se em mim, vamos sair daqui imediatamente — Disse Damian, ajudando Anya a se levantar. Os dois fugiram do local, deixando Loid para trás, com a esperança de reencontrá-lo em breve.

Damian sentiu uma onda de gratidão e admiração por Loid, mas também uma pontada de tristeza por não ter sido capaz de proteger Anya sozinho. No entanto, Anya o tranquilizou, assegurando-lhe que ele havia sido corajoso e que ela nunca o teria deixado para trás. Damian olhou para ela com admiração e agradeceu ao destino por tê-la colocado em sua vida novamente. Ele sabia, sem sombra de dúvida, que seus sentimentos por ela eram profundos e genuínos, e prometeu a si mesmo que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para protegê-la.

Damian X AnyaOnde histórias criam vida. Descubra agora