II- Fichário Azul

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Descobri o que não deveria saber,
Mas mal sabia eu que era sobre você.
No azul profundo de um fichário,
A traição escreveu seu epitáfio.

Cada folha, um litro de lágrimas,
Histórias que nem o tempo revelou,
Em azul, mistérios entrelaçados,
No silêncio, onde o coração susurrou.

Folheio o fichário como quem busca estrelas,
Nas constelações da vida interior.
O azul celeste, susurra verdades singelas,
Refúgio dos sentimentos com ardor.

Nas linhas, encontro lágrimas de tinta,
Pintadas com a  tristeza do ser.
Azul, cor que à melancolia acentua,
Fichário de suspiros, não há como esquecer.

Entre páginas rasgadas e rasuradas, a confiança se esvai,
No fichário da alma, a lealdade cai.
Azul, a cor do desencanto,
Fichário de segredos, a traição é o seu canto.

- Lethycia Machado

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Esta poesia é um mergulho no universo íntimo da traição e do desencanto, onde cada linha é um lamento e cada palavra é uma ferida aberta. No fichário da alma, a traição encontra sua morada, pintando com azul as sombras do desencanto e os suspiros da desilusão. Aqui, comprova um amor unilateral e platônico.

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