XIII- Amor consumista

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Amor, um fetiche do consumismo.
Não precisa se zangar, isso não é pessimismo.
A vida não é de graça, já estamos num abismo.
Buscando subir na escala do cinismo.

Entre promessas vazias, vivemos sem questionar.
Para que, então, ter aliança para comprar?
Nas vitrines do desejo, perdemos o sentido,
O amor se tornou mercadoria, vivemos num mundo ivertido.

Em meio ao caos das propagandas e das marcas,
Perdemos de vista o valor daquelas simples cartas.
Trocam-se sentimentos por objetos reluzentes,
E nos perdemos nesse ciclo, tão seduto e incandescente.

Mas há uma luz, mesmo nesse mar de ilusão,
Podemos resgatar a verdadeira conexão.
Se olharmos além das etiquetas e preços do salão,
Encontraremos o amor verdadeiro, sem ir em contra-mão.

Porque o amor não se compra, não se vende.
É um sentimento puro, que transcende.
No meio desse abismo consumista, podemos encontrar,
A verdadeira essência do amor, para nos guiar.

-Lethycia Machado

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Nessa poesia, quis deixar claro o estado atual das relações humanas, imersas no turbilhão do consumismo desenfreado. Num mundo onde até mesmo os sentimentos mais profundos são colocados à venda, surge a necessidade de questionar essa mercantilização do amor. Então, eu convido, você, leitor, à reflexão sobre a verdadeira essência do amor, indicando que, apesar de todo o caos, ainda é possível encontrar conexões autênticas e significativas, transcendendo o superficial e redescobrindo a preciosidade dos sentimentos genuínos.

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