MAKE ME LIVE - Dabi [Touya Todoroki]

do i wanna Know? II '

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Ele se recusara que ela havia cavado o peito dele com um olhar e o dilacerado com um bater de cílios

Ouvi a porta ranger e pude vê-la imóvel me observando. Seus olhos azuis e serenos estavam vidrados em mim, aparentemente Crystal não esperava me encontrar aqui.

Eu a fulminei com o olhar. A luz estava acessa deixando nítido que havia alguém no banheiro. Ela era burra?

— O que está fazendo aqui? — pude vê-la ficar tensa com minha voz. Tive que segurar a vontade de rir. Ela tinha medo de mim ou o que?

— Eu ia usar o banheiro... — ela gaguejou e se encolheu tímida.

Examinei-a minuciosamente. Crystal possuía uma beleza de tirar o fôlego, chegando a ser irritante. Seus olhos eram azuis tão claro que quase me permitiam que eu visse sua alma.

Crystal parecia um maldito anjo. Irradiava brilho como uma nebulosa difusa e não pontual.

— Me deixe te ajudar, vai ser mais rápido assim — sua voz doce saiu quase inaudível.

Essa maldita generosidade gratuita. Porra, isso me incomoda de uma forma inexplicável.

Ela se aproximou de mim, aparentemente apreensiva, posicionou-se entre mim e a pia, retirando o pote de tinta da minha mão. Não a questionei e nem tentei impedi-la, apenas a observei com curiosidade.

Algo dentro de mim despertou o desejo de arrancar dela alguma reação, algum gesto, qualquer coisa.

Afundei minhas mãos com firmeza na pia, encurralando-a. Crystal arregalou os olhos, assustada com minha ação.

Eu poderia ter parado ali, mas seu olhar encontrou o meu. Crystal parecia em transe enquanto me fitava, então aproximei meu corpo do dela.

Caralho. Esses malditos olhos.

Quanto mais a olhava, mais difícil era desviar o olhar.

Questionei-me qual seria sua reação se eu arruinasse aqueles olhos puros e suaves. Se eu arruinasse sua pele, cravando minhas mãos em seu corpo e afundando-as até alcançar seus órgãos. Invadindo não apenas seu espaço pessoal, mas tudo que lhe pertencia.

— O que está fazendo? — a voz frenética dela me arrancou de um transe.

Parei meu rosto próximo ao dela, nossas respirações se mesclando. Eu a encarei por alguns segundos, sem uma resposta para sua pergunta.

Eu não sabia. Essa garota fodida me deixava desorientado, me atraía como uma maldita droga.

Eu sempre me mantive distante de tudo e todos, afinal, emoções são desnecessárias e atrapalham o julgamento. Mas essa maldita se aproximava sem eu ao menos perceber, eu me aproximava sem perceber.