MAKE ME LIVE - Dabi [Touya Todoroki]

waves of grey II '

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— Crystal! — escutei uma voz zumbir em meu ouvido. — Levanta, porra!

Meu corpo inteiro estava dolorido, mimha cabeça latejava de tanta dor. Parecia que eu podia sentir todos os osso do meu corpo doerem.

Senti algo estralar em meu rosto, fazendo minhas bochechas doeram, um gemido de dir escapou dos meus lábios. Eu havia levado um tapa?

Abri os olhos, contragosto, lentamente sentindo a luz dos postes invadirem neus olhos e fazendo minha cabeça doer.

— Desmaie outra hora, caralho. — A voz rude de Dabi ecoou em meus ouvidos.

Mexi meu corpo minimamente, para que a dor não se espalhasse ainda mais.

Aos poucos meu cérebro estava raciocinando o que estava acontecendo.

A queda não havia sido fatal. Consegui cair em cima do caminhão.

— Finalmente a Bela adormecida resolveu acordar — Dabi resmungou. — Vamos, levante ou você não terá seu final feliz.

Grunhi de dor ao tentar me mexer. Que merda.

— Vamos pular assim que o sinal do próximo semáforo ficar vermelho — Dabi estendeu a mão  para mim e eu aceitei, me levantando com dificuldade.

Quando direcionei meu olhar para o céu, que ja estava noturno, pude ver uma mancha escarlate de longe. Hawks estava por perto.

— Dabi...

— Eu sei. Ele passou por perto algumas vezes, por isso vamos sair daqui — ele avisou e em seguida agarrou meu pulso.

Dabi me puxou até o estribo do caminhão, consegui acompanha-lo, mas com dificuldade. Aproveitamos o sinal vermelho e corremos entre os carros, correndo em direção ao grande volume de pessoas, nos misturando entre elas.

Hawks estava logo acima de nós.

— Precisamos nos separar.

— O quê? — perguntei sem fôlego, mas mantive meus pés em movimento.

Eu sabia que ele tinha razão. Nos separar era melhor opção, afinal, Hawks só poderia ir atrás de apenas um de nós.

— Me encontra naquele prédio que a gente costumava se encontrar quando eu precisava de informações. Se eu não aparecer em 30 minutos, volte para Liga — Dabi parou por alguns segundos e olhou fundo em meus olhos, deixando claro que eu não tinha nenhuma outra opção.

— Sem lutos, sem funerais. Certo? — olhei em seus olhos de volta. Precisava de uma garantia de que ele não seria pego, muito menos morto.

— Sem lutos, sem funerais — ele sorriu de canto.

Nós corremos novamente em direção as pessoas, mas dessa vez, separados.

Corri sem olhar para trás, mesmo querendo muito. Ignorei a dor em minhas pernas, as pontadas em minha costela, o desconforto em meus ombros e a falta de ar em meus pulmões. Corri até que meus joelhos não aguentassem mais.

Não olhei para atrás até o momento em que meus pés tropeçaram e meus joelhos colidiram com força no chão.

Não havia sinal de cabelos dourados ou de asas escarlates.

Permiti o ar entrar em meu pulmão, recuperando todo meu fôlego. Me levantei, diante o prédio, então caminhei para dentro e me escorei na parede, esperando Dabi aparecer.

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• 479 palavras
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