15 - CORAÇÕES E FLORES...

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Sarawat

Quando saí do banho, encontrei Tine sentado no colchão pequeno com uma cerveja na mesa na frente dele. Ele pegoi uma calça de moletom e havia uma toalha pendurada em seu pescoço enquanto ele girava o telefone celular na mesa. Ele está olhando pela janela e não me viu aproximando, mas quando eu sentei no assento em frente a ele, ele encontrou meus olhos e me deu um sorriso ofuscante.

"Você deixou água quente para mim?" Tine perguntou.

"Ei, você disse “vá tomar banho”. Você não disse que tinha que ser rápido."

Ele deslizou a toalha do seu pescoço enquanto se movia para sair do colchão.

"Além disso..." Continuei. "Estava congelando depois de passar o dia na chuva. Se eu não me aquecesse, eu teria corrido o risco de ficar com as minhas bolas congeladas."

Tine passou ao meu lado, colocou a palma da mão na mesa e se inclinou para me beijar. Quando ele levantou a cabeça, ele piscou e disse:

"Nós não queremos que isso aconteça certo?"

Eu passei minha língua ao longo dos meus lábios e abanei minha cabeça.  "Eu acho que não."

"Mhmm." Tine concordou, e então estreitou os olhos. "Então, sobre essa coisa de rastejar…"

"Sim?"

"O que você acha de um jantar?"

Sei exatamente o que Tine está me perguntando, mas desde que eu ainda esteja querendo fazê-lo trabalhar um pouco mais, eu inclinei minha cabeça, refletindo sobre suas palavras.

"Bem... Como regra, eu aprecio a ideia sobre o jantar. Até porque eu trabalhei a minha bunda o dia todo e estou morrendo de fome."

"Certo, espertinho. Eu quis dizer, como você se sentiria sobre jantar comigo?"

"Nós jantamos juntos a semana toda, então, se é o melhor que você tem…"

"Não na minha casa ou na sua." Tine disse. "Quero levá-lo para um lugar."

Meu choque deve ter sido óbvio, porque ele riu e bateu no meu queixo, fechando meu maxilar lentamente.

"Não precisa ficar tão chocado."

"Você está brincando comigo? Estou sem palavras, e isso não acontece com frequência. Você não está preocupado com o fato das pessoas nos seguirem?"

"Não. Você está?"

"Uhh..." Eu pensei que não. Mas por que ele de repente virou o Sr. Fodido Calmo?

"Não. Não me importo, mas pensei…"

Tine bateu os nós dos dedos no topo da mesa e disse:

"Bom. Tudo está encaminhado. Então, apenas coloque esse jeans reserva que você deixou aqui e, quando eu sair do banho, podemos jantar."

Franzi o cenho e perguntei:
"Para onde vamos?"

Ele balançou a cabeça quando entrou no corredor estreito onde está o chuveiro e puxou a calça de seu quadril, me dando um vislumbre do traseiro que eu havia falado antes. E que, agora percebi, foi uma coisa estúpida a se fazer.

"É uma surpresa. Você disse que eu tinha que rastejar. Então, eu vou mostrar o quão bom eu posso ser implorando."

Quando abriu a porta do banheiro, Tine deixou cair à calça em seus tornozelos e olhou para mim, sem dúvida, me vendo babando ao vê-lo nu. Então ele entrou no chuveiro e fechou a porta atrás dele.
Maldito, o homem está em forma. Eu odiava estar com raiva dele. E sei que seria difícil ficar com raiva, porque realmente, diante de tudo isso, quem poderia se lembrar de ter um cérebro? Ninguém. Mas hoje tinha sido uma merda de dia fodido, e Tine não havia ajudado em nada.

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