Capítulo Um: Imprevistos Acontecem

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Notas Iniciais:

Eu ainda não sei porque decidi escrever para o Milkman, mas não posso fazer muito se gostei deste personagem. Francis parece tão fofo e cansado demais para ser ignorado.
(E graças à Deus, ele não é!)

Também gostei de estar escrevendo essa fanfic, é uma das melhores que já fiz e espero que você goste, leitora.

Agradeço desde sempre por sua atenção e por você tirar um tempo do seu dia para ler.

Agora, relaxe e aproveite a leitura!

*

O carro parou assim que seu filho pequeno roncou baixinho na cadeirinha no banco de trás. Suas mãos cansadas no volante se inquietaram, enquanto você as guiava para puxar a alavanca que destravaria o capô antes mesmo que você descesse do carro.

Você não podia acreditar no que estava acontecendo, pois estava cansada demais para perder -só Deus sabe quanto- tempo parada ali. Provavelmente em breve, "Júnior" acordaria com fome e faria o escândalo para poder mamar. Você estava treinando-o para largar o peito, mas se você não desse um jeito de arrumar o carro em breve, ou conseguir ajuda para ir embora com o filho, todo o esforço iria por água abaixo.

Você passou as mãos pelo rosto e suspirou fundo quando abriu a porta lentamente e procurou não fazer barulho ao descer do SUV, seria um pesadelo se seu filho acordasse agora. Você precisava de um tempo para pelo menos saber o motivo do carro ter parado.

Dando a volta no veículo, você alcançou o capô semi-aberto e o levantou, enroscando a haste de suporte para mantê-lo erguido. Seus olhos correram o motor, encontrando um vapor saindo de baixo e até cobrindo um pouco da superfície mecânica. Aparentemente, o motor sobreaqueceu, você precisaria esperá-lo esfriar novamente e colocar um pouco mais de água para que pudesse voltar para casa em segurança.

Você deu mais uma volta no carro, agora buscando abrir o porta-malas para pegar o galão com água reserva. Você sempre tivera sido cuidadosa com seu carro, pois era com ele que você atendia as demandas de seus filhos. Era com ele que você buscava as crianças na escola, os levava para passear nos finais de semana e eventualmente os levava ao hospital em casos mais graves.

O carro precisava estar sempre em dia e você nunca se deixava vacilar diante das responsabilidades, enquanto o filho da puta do seu marido só olhava para o próprio umbigo e se gabava aos "amigos" por ter uma mulher gostosa em casa e filhos lindos, que possivelmente seriam bem-sucedidos no futuro. Por sorte, seus dois meninos tiveram puxado você ao invés daquele traste que um dia, você se sujeitou a casar. E praticamente, você os criava sozinha.

Para sua raiva, o galão estava vazio desta vez. Você se questionou quando tivera vacilado e não reposto a água tratada no recipiente para emergências como aquela. Sua mente rodopiou em quatro dimensões, se isso fosse possível, e chegou a conclusão de que não tivera sido você a culpada por aquilo. Você havia se lembrado que o mentecapto do seu marido, havia pego seu galão emprestado para encher o reservatório do próprio carro. E aparentemente, ele nem se deu o mínimo de trabalho de repostar a água no galão.

Sua mente queria esganá-lo, apertar o pescoço até que o rosto ficasse roxo, mas infelizmente você seria presa se o fizesse. E a última coisa que você queria na vida, era perder o desenvolvimento de seus filhos.

MilkmanOnde histórias criam vida. Descubra agora