Capítulo Cinco: Apertos de Mãos Rasos e Sorrisos Vazios

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Notas Iniciais:

Só queria saber de onde tiraram que o Francis x Angus é canônico, por favor. Sério, porquê eu tô caçando informações oficiais sobre isso e não achei. E eu não confio na Wiki, depois que eu descobri que a bagunçaram, principalmente a página do Francis. E os ADMs estão lutando pra ajeitar tudo de novo. 

Quando o Ignacio Alvarado se pronunciar, aí eu acredito. Enquanto isso não acontece, apenas sinto muito. Mas não confio não.

Mas se alguém quiser compartilhar a fonte de onde tiraram as informações, que não seja a Wiki por favor, estou aceitando.

Obrigada.

*

Uma, duas, três batidas e uma pausa...

Um, dois, três, quatro batidas, agora sendo chutes, mais fortes e uma pausa maior. 

George estava irritado, descontando suas frustrações no saco de areia em sua frente, enquanto sua quase ex-esposa está lendo algo no Kindle e seus dois filhos jogam futebol no quintal de trás.

Por um momento, alguém de fora -não conta os vizinhos mais próximos- poderia ver a cena e dizer que eram uma família perfeita, bem-sucedida e harmônica. Para quem não os conhecesse o suficiente, diria que o marido, já na casa dos quarenta, amava esportes e fazia aquilo tudo -todo o esforço de tentar empurrar o saco de pancadas o mais longe possível com seus golpes- por querer manter-se em forma. 

Diriam que o filho mais velho não havia problemas respiratórios e que o mais novo, não havia autismo. Diriam que eles eram a definição perfeita de família saudável, o auge da beleza, produtividade e se contrastavam com facilidade naquela cidade.

Todos queriam um pedacinho deles, quando não conheciam os inícios, meios e quase finais das polêmicas. Muitos ainda estavam impedidos de lerem algumas manchetes, pois a assessoria havia se empenhado em ocultar tudo o que podiam. Eles eram pagos para isso, nada surpreendente.

Por um momento, as crianças acharam que tudo estava bem novamente. Os pais voltavam à se falar bem, às vezes eram vistos rindo na cozinha. Outras vezes, deixavam escapar algum ruído íntimo do quarto principal, o que poderia ser confuso nesse momento. O pequeno, era jovem demais para entender, mas o maior sabia exatamente o que eles faziam lá dentro e então distraía o irmão menor com videogames. Distraia a si mesmo...

Não era atoa que a família tinha uma sala de jogos tão modernizada e cara, era exatamente para as crianças.

De manhã, todos estavam à mesa, tomando seus lanches matinais enquanto contavam sobre seus dias e progressos alegremente. Antes, tão raro.

Mas Henry, apesar de grato pela mudança que lhe causava alívio, sentia que algo estava diferente e não sabia se deveria temer ou agradecer ainda mais.

A semana passou bem, e na sexta-feira, Francis ainda não estava preparado para aceitar que sua única filha estava querendo namorar um rapazinho da escola.

Para a sua sorte, o tal pretendente, era filho de um dos colegas de trabalho de Francis -não do mesmo setor-, o qual ele já conhecia a educação das crianças e o temperamento do mesmo. 

Assim como Anastacha havia dito, o garoto realmente era um ótimo partido para ser o primeiro namorado da filha. E ele esperava que fosse o único. Afinal de contas, sua filha não merecia passar por separações e um relacionamento conturbado.

MilkmanOnde histórias criam vida. Descubra agora