MULHERES {Conto Eróticos}

Ruiva

Minha vida tá de ponta a cabeça. Essa semana, enviaram um vídeo meu beijando uma garota em uma festa pra minha mãe,que era exatamente preconceituosa, falou que me mandaria para um convento de freiras, para me "converter".
Arrumei minhas coisas e nem olhei pra ela e fui. Meu pai deu conselhos, falou que me apoiava e que me ajudaria a sair de casa para não aguentar mais aquilo. Meus pais eram separados, meu pai morava com a minha madrasta. Ela era super legal, me tratava como filha e sempre me apresentava para outras pessoas com sua filha de " Barriga de aluguel". Ela era muito legal mesmo. Mas como ela e meu pai trabalhavam metade do tempo em outra cidade, e eu só tinha 16 pra 17, não podia ficar sozinha em casa ainda, por isso só ia pra casa deles quando um deles estavam lá.

_ A empresa da Fernanda talvez mude para cá, e quando isso acontecer, pode ter certeza que na casa da sua mãe você não vai morar mais.
Diz meu pai bravo.

_ Obrigada pai, você e a Fernanda são minha vida.
Digo enquanto choro.

Meu pai coloca uma música pra quebrar o clima e começamos a cantar como se não tivesse amanhã. A Fernanda me liga eu abaixo a música, coloco o celular no viva voz e converso com ela.

_ Oi meu amor, como você tá?

_ Oi Fefe , tô um pouco mal.

_ Meu amor, não fica assim, logo logo você vai vir morar com a gente e não vai precisar ficar com uma pessoa igual a sua mãe.

_ Você não sabe o quanto eu rezei por isso minha vida toda!

_ Deus ouvido você, jaja você tá aqui com a gente, tá bom?

_ Ô glória
Diz meu pai rindo.

_ Mas a sua mãe também é meio burrinha né? Coloca você onde tá cheio de meninas da sua idade, vai que você encontra alguém com o mesmo sentimento que o seu ein.

_ Fe-Fernada, ela tá indo pra um colégio religioso.

_ José, em todo lugar tem um arco-íris.
Mas ó, a sua madrasta vai te apoiar sempre tá, meu amor? Pode contar comigo.

_ Obrigada fefe, amo você.

_ Também amo você, meu amor. Agora eu tenho que ir se não minha chefe puxa meu pé. Beijos, boa sorte na sua nova escola.

_ Beijos, obrigada.

Passa um tempo e nós chegamos em um convento enorme, só a casa dos caseiros era maior que a minha antiga escola. Somos recebidas por duas noviças, Carla e Sandra.
Elas me levam para conhecer o local enquanto meu pai vai conversar com a madre superiora. Fomos pro refeitório e de lá para os dormitórios. Logo que entramos, me dou de cara com uma garota da mesma idade que a minha, ruiva, branquinha com várias sardas, olhos azuis cristalinos, lábios deliciosamente lindos e rosinha  igual a suas bochechas. Ela tomou um susto quando nós entramos, pois estava organizando meu armário para que ficasse tudo perfeito.

_ Hum, que maravilha. Matilda, essa é a Cecília. Ela vai ser seu guia aqui no convento, vai te ajudar com tudo que precisar. Ela é a mais velha aqui, mas agora você também é. Então acho que vão se entender melhor por terem a mesma idade.
Vou deixar vocês a sós para se conhecerem melhor. Até meninas.

_ Oi, tudo bem? Seja bem vinda!

_ De boas, valeu. Aqui e enorme né? Achei 'chave o espaço.

_ 'Chave?
Diz confusa.

_ Você não sabe o que é 'chave?

Balança a cabeça alegando que não.

_ É uma gíria, quer dizer que é legal, da hora.