i need you

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[SÃO PAULO - SP
6:30 am]

Três semanas depois...

Jão pov's

Parecia que cada dia que passava os dois melhores amigos, praticamente irmãos se tornavam cada vez mais estranhos um para o outro. Sem tomar iniciativa, dês daquela bendita manhã, não nos falamos. Pedro, tem passado maior parte do tempo com Henrique, e companhia. Bom e eu? Tenho andado mais sozinho. Não tenho ninguém além dele, então, só o que me resta é minha própria companhia.

Já estava chato sem ele. Por mais por mais que não estivéssemos em uma fase tão boa da nossa amizade, eu o tinha no meu coração com muito amor, de uma forma que eu nunca tive por ninguém. Meus sentimentos por Pedro não são mais de amizades a muito tempo, mas como vou pegar e falar pra ele, uma pessoa que eu conheço praticamente a vida toda, e dizer que o amo? Isso não é simples, infelizmente não. Não envolve só a gente, e sim mais pessoas ao nosso redor do que a nós mesmos, e isso é o que mais me deixa com medo. De afetar os sentimentos de uma pessoa que eu quero o bem. Então eu prefiro viver com isso em mim, do que arriscar a perder tudo.

Era mais uma manhã normal, acordei com o barulho chato do despertador, o desliguei ainda sem sair da cama. Bocejei, e logo senti algo pesado sobre minha cabeça. Talvez seja o fato de eu andar tão pensativo nas últimas semanas que me esqueço de falar e tudo fica preso aqui. Na mente. Ainda com o coração, talvez a cada dia mais destruído, eu sempre acordava com forças de que esse dia seria melhor, só que parece que quanto mais eu era positivo, mas eu acabo sendo idiota comigo mesmo. Mesmo conhecendo Pedro, achei que ele viria falar comigo, mesmo não sendo o errado. Mas pelo que eu percebi ele não vem notando muito minha falta.

Ainda pensando sobre isso dou um salto pra fora da cama e já me dirigi ao armário pegando algo de mais velho pra vestir. Pego algo sem prestar muito atenção na combinação, e já junto meus materiais e os enfiando na mochila, e abrindo a porta de casa. Mas dessa vez diferente... Quando abro o vejo pronto pra tocar a campainha. Pedro estava aqui.

-Oi, eu acho... - falo fechando a porta e fitando em teus olhos que estavam avermelhados de tanto chorar. - o que aconteceu? - digo pegando na tua mão, e o mesmo me abraça forte sem nenhuma palavra.

Pedro: Henrique e eu tivemos uma briga muito feia.. - ele diz ainda soluçando e voltando a chorar. Ainda grudados, abro a porta de casa e o coloco sobre o sofá. - Jão eu preciso de você! - ele diz tentando se acalmar. - por favor, não me deixe mais sozinho, eu não sei se consigo sem você... - ele me fita e depois abaixa o olhar.

- Ei - falo chamando atenção do mesmo que voltou o olhar sobre mim rapidamente - não se preocupe você nunca estará sozinho, ok? - ele concorda com a cabeça - não precisa se preocupar com isso! Relacionamentos tem seus lados... Mas eu sempre estarei pra te dar todo o apoio possível. E receber também - te olho meio sem jeito - ando repassando tudo que fiz, e tenho te deixado muito abalado, não queria que sentisse isso, ainda mais vindo de mim...

Pedro: não Jão! Para! - ele fala em um estado completamente doloroso de se ver. - eu sofri muito sem você! Você não tem noção do quanto eu precisei falar contigo, e do quanto eu tentei não precisar da tua amizade, mas eu não consegui me contar sem tua companhia! - ele fica me olhando, e eu só queria dizer.. só queria que tudo isso acabasse.

- Me desculpe também! - falo pegando a mão do mesmo que cedeu, e miro meu olhar pra baixo - eu senti tanta sua falta, mas o orgulho não deixou eu ir te chamar. E eu te peço desculpas por isso! Talvez a gente precise um do outro mais do que imaginamos - olho pra ele que já estava me olhando.

Pedro: eu te amo sabia? Você e o melhor amigo de todos.. - ele da um sorriso, que me alegrou de uma forma tão boa e positiva que eu poderia abraça-lo, beija-lo sem pensar duas vezes - você sempre me apoia, e sempre sabe o que me dizer.. E é isso o que mais me encanta na tua amizade sabe? Lindo - ele sorri e me deposita um beijinho na bochecha, o que me faz sorrir.

- Sempre vou estar aqui, a gente sempre prometeu que ia ajudar um ao outro e eu não vou deixar de cumprir isso, viu? - dou um sorrisinho, e ficamos nos abrindo um com o outro. Sem dar conta do horário, já passado do início das aulas, ficamos conversando em casa. Me dei conta o quanto isso fazia falta pra mim, conversar com Pedro era meu passatempo favorito, ele fazia tudo parecer melhor, e passar por tudo aquilo, e no final ver o sorriso dele, valia a pena.

Passamos a manhã inteira na minha casa, conversando, brincando um com o outro. Foi ótimo, colocamos tudo o que tinha pra por em dia, foi tão bom ter esse reencontro depois de muito tempo com ele.

- Me conte o que aconteceu com o Henrique.. - falo te olhando, e vejo ele abaixou um pouco do olhar, e então toco o rosto do mesmo com a ponta dos dedos. - se não quiser contar não precisa, viu? - falo olhando o mesmo que deu um suspiro.

Pedro: eu preciso contar - ele suspirou - será que a gente pode ir pro teu quarto? Por favor? Ou lá pra casa? - diz ele fitando meus olhos.

- Claro vem cá... - falo me levantando e estendendo a minha mão para o mesmo que segurou. Fomos em direção as escadas, e me sentei na cama, e o mesmo ficou de frente pra mim - tá bom aqui?

Pedro: tá sim, Jão! - ele da um sorrisinho, e fita o chão - estávamos em casa, Henrique disse que ia passar a noite comigo, comprei algumas coisas pra gente comer e tal, tava tudo organizado pra uma noite divertida. - ele suspira - ele chegou um pouco tarde já, disse que já tinha comido e que estava cansado, ok né! Fiz uma comida pra mim e depois subi com ele pra gente deitar. - ele me olha - cheguei no quarto, e ele estava agressivo, grosso sem paciência pra querer qualquer carinho. Começou a me xingar do nada, achei estranho, mandei ele ir pra casa descansar, e ele se negou, disse que era pra eu ir deitar e parar de birra. Deitei com ele e sentir uma saudade de você. De quando você sendo meu amigo me ajuda tanto sabe? E que comparando com Henrique você é tão melhor, e que se importa sabe? - ele me olha - teu futuro namorado vai ser tão sortudo de ter você sabia? Por Deus, espero que você ache alguém que te ame de verdade, e que te mereça sabe? - ele diz com um sorriso no rosto, e foi o que me destruiu.

"Seu futuro namorado vai ser tão sortudo"

Essa frase não saiu da minha cabeça, o jeito que ele não pensa na possibilidade de ficarmos juntos chega até a me machucar. O jeito que ele não entende o quão eu sou apaixonado por ele, ou acho que eu sou, me destrói. Como eu queria que fosse ele, que ele soubesse o quão eu amo ele, que ele e minha pessoa favorita desse mundo. E o quanto eu quero que ele saiba o tamanho do meu amor, e que eu faria qualquer coisa por ele.

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Oii gente, me digam o que acharam do episódio dois? Sejam sinceros :) não esquece de votar na história se tu gostar.

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-L.

DEAR BEST FRIEND-PEJÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora