Proteção

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Jão pov's

Enquanto deixei ele se acalmar no sofá, fiquei pensando no que eu poderia fazer pra ele se acalmar. Cancelei a chamada pra policia, por que ele me pediu por medo, e eu não queria desrespeitar ele nesse estado.

- Você fica bem pra mim organizar umas coisas lá encima? - digo olhando pra ele que ainda chorava, e quase não se mexia de dor.

Pedro: se você não demorar, sim - fica me olhando, encolhido no sofá, com medo e uma certa vergonha de eu ter visto o que aconteceu.

Eu deposito um beijo na sua bochecha e subo pro quarto, deixo separada a caixinha de primeiros socorros, e antibióticos. Pego uma toalha, e uma roupa confortável, e deixo tudo fácil de pegar. Não pensei ao certo se deveria o ajudar a se lavar, se deveria chamar as autoridades pro bem dele, ou deveria fazer as coisas como ele quisesse pra fragilidade da situação. Pensei, e pensei de novo, e mudei várias vezes de ideias, e depois desci pra sala já informando.

- Você vai querer ajuda pra se cuidar? - falo terminando de descer os últimos degraus da escada, parando no final - por que se você não quiser eu já deixei tudo organizado pra você
.. - olho pra ele que estava tão magoado, tão fragil. Cheguei perto dele e com cuidado, o coloquei sobre meu colo, feito um bebê, e o fiz carinho nos cabelos. E então começou a chorar - tá tudo bem... Shhhh - fico fazendo carinho no mesmo que parecia não se importa se eu o veria sem roupa ou machucado, ele só queria carinho, então lhe dei.

                               ....

Depois de um bom tempo no sofá, depois de muitas lágrimas também, tudo ficou menos pior do que antes. Pedro  finalmente levantou sozinho, e se dirigiu lentamente ao meu quarto, não queria minha ajuda me disse. Então fiquei esperando ele na sala, mas atento a qualquer movimentação, ou barulho diferente.

Resolvi dar uma geral na casa, arrumo os sofas, e resolvo fazer alguma comida, arrumo as coisas na mesa da cozinha.

Pedro pov's

Foi muito difícil tomar banho sozinho, mas eu não queria que Jão me visse daquele jeito, machucado e fraco. Então eu juntei todas minhas forças, e tentei me lavar, não conseguia praticamente tomar minha intimidade por que doía, minhas pernas estavam bambas, e eu só sabia chorar. Sai do banho enrolado na toalha, e me olhei no espelho. Destruído. Meu cabelo estava comprido e seco, fazia meses que eu não cortava, meu corpo cheio de marcas, mordidas, eu estava mais magro do que o normal, meus lábios cortados, minhas olheiras a flor da pele. Eu não estava nenhum pouco bem, tinha vontade de desistir.

Pego uma lâmina que tinha no banheiro e cortei várias vezes meu pulso fazendo sangrar bastante, lavo e saio do banheiro e vesti um moletom do Jão, fiquei um tempo sozinho, pensando no que estava acontecendo, e depois desci e fiquei olhando o Jão das escadas, sorrindo por ele. Ele era literalmente meu anjo. Ele estava ali no momento que se eu desmoronasse mais um pouco eu teria morrido por um estupro violento.

- Cheiro bom! - sorrio olhando ele - o que é?

Jão: você ai? - ele abre um sorriso no rosto - nhoque você gosta?

- Gosto! - me levanto, e vou até ele - mas só do seu, ele tem carinho - sorrio e dou um abraço no Jão.

Jão: você está melhor.. - ele sorri me olhando.

Ficamos conversando, e conversando e pela noite, dormimos, eu na cama do Jão, e ele no colchão embaixo. Ele tava tranquilo, dormindo, mas eu estava desesperado pensando que Henrique ia aparecer a qualquer momento.

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- L.

DEAR BEST FRIEND-PEJÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora