Oi, ainda tem alguém aqui?! kkk
Reparei que estou sempre lendo coisas deles e tendo ideias, mas nunca mais tinha parado para escrever.Enquanto escrevia essa, pensei várias vezes em torná-la em uma short fic, mas tenho um pouco de receio em decepcionar vocês por não conseguir finalizar etc, então preferi manter por aqui.
Para contextualizar vocês, nessa história a Drika tem 22 anos na época do terceiro casamento deles. Senti muito a falta dela na história deles em Travessia e sou apaixonada pela dinâmica ou pela ideia da vida deles em 3.
Espero que gostem, irei dividir em algumas partes.
Boa leitura ✨
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Stenio despertou ao ouvir a voz da esposa que claramente conversava com alguém na sala de estar. Já havia acordado antes, porque sempre era torturante demais ter que deixá-la sair de seus braços todos os dias e tão cedo.
A delegada não tinha uma folga, não dava uma pausa.
Depois do segundo casamento isso pesou mais entre eles e agora tentavam encontrar maneiras de flexibilizar a rotina, já que ela não podia e ao menos pretendia abrir mão da rotina insana daquela delegacia.
Se apressou em fazer sua higiene o mais rápido possível e saiu do quarto dentro de um dos robes de cetim que exalavam o cheiro dela. Porque era dela.
Como o último romântico que era com a mulher todos os dias de sua vida, não deixou de se derreter ao encontrá-la tomando café com a filha, seu outro grande amor.
Sentia que seu amor por Heloísa aumentava infinitamente mais cada vez que via a filha. Com exceção aos surtos de Drika, que não passava de uma mimada. Nesses momentos fazia questão de dizer que a filha era só de Helô, tão exigente e irredutível quanto.
- Paizinho! Quanto tempo! - ela comemorou ao vê-lo, indo em sua direção quase imediatamente.
Helô revirou os olhos. Eles não se viam a apenas dois dias.
- Bom dia, filha! - ficaram alguns segundos abraçados só porque podiam - Você dormiu aqui? Sua mãe te buscou? - ele questionou enquanto iam até a mesa.
Não fez a menor menção de sentar-se sem antes ir até a mulher que parecia deslumbrante demais para as sete e meia da manhã de uma segunda-feira.
Como era de praxe ela manteve sua postura mesmo com a aproximação dele, que por sua vez não hesitou em se inclinar e afundar o rosto no pescoço dela, inalando o cheiro único da mulher que dava sentido e direção para a sua vida.
- Bom dia, meu amor - ele murmurou distribuindo alguns beijos enquanto fungava toda a extensão do pescoço e nuca dela, que se contorcia tentando se afastar.
Na maior parte do tempo odiava trocar afetos na presença de alguém, mesmo que fossem acostumados com a presença da filha.
- Bom dia. Mais um pouco e tu não pegava a gente aqui. - ela falou já acelerada. Não podia ser diferente dado o tamanho da xícara de café na frente dela.
- Desculpa! Por que não me acordaram? - ele perguntou sentando-se entre as duas, já atacando a mesa.
Stenio sabia bem o porquê de Heloísa não ter o acordado. Ela tinha exigido bastante dele na última noite, mal se importando com o horário.
- Foi o tempo de ela ir me buscar e você acordou. Por falar nisso, você não treina hoje? Que milagre é esse? - Drika questionou o pai e Helô se apressou em esconder o sorriso atrás da xícara de café, porque sabia bem o motivo.