Três.1

83 13 1
                                    

           Pete só percebeu que não tinha ido para a mansão, quando Punn abriu  a porta do automóvel

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pete só percebeu que não tinha ido para a mansão, quando Punn abriu a porta do automóvel. Em todo o tempo os seus pensamentos estavam viajando entre seu amor e seu abominável segredo. Vegas não está pronto para descobrir o que aconteceu de fato no passado e também não vê todo o amor que Pongsakorn tem por ele. 

Bem... se ele o visse sem óculos... Mas, mesmo que Vegas correspondesse, Cherry conseguiu de vez o que quis, eles não ficarão juntos nessa vida. E estar consciente disso fere ainda mais Pete.

Punn notou as lágrimas nos olhos do irmão e nada disse. Apenas voltou para o carro e saiu da garagem do prédio. Ele sabe que quando Pete fica assim,  não conversa por dias. Afastar-se e deixá-lo pensar um pouco é o melhor a se fazer. Não que concorde, claro. Por ele, ficaria ali e lhe daria apoio, mas não é assim que o outro se equilibra. Ele vai curtir sua dor, entupir-se de sorvete, ouvir música e assistir os vídeos antigos. Assim que melhorar, volta para casa como se nada tivesse acontecido.

Pete seguiu calado para o elevador, levando consigo Bubble. O gato se adequa facilmente ao humor de seu humano. Quando Syn sentir saudade do bichano o próprio Punn vem buscar o gato. Para Pete e Punn esse é um acordo silencioso. Nada e ninguém pode mudar isso.

O elevador parou na cobertura e Pete saiu, destravou a porta e foi procurar alimento para seu amigo. A luz piscante da secretária eletrônica o fez parar. Apertou o botão e a voz de Time surgiu limpa, amorosa e clara.

- Precioso, Tawan vai levar comida para você. Alimente-se direito, ouviu? Tem frutas na geladeira e sorvete no freezer. E se mudar de ideia sobre colo, basta ligar e chegaremos em minutos. Amamos você.

Pete recebeu o aviso e foi para a geladeira atrás do sorvete. Sentou-se no sofá, com tudo desligado e começou a comer sorvete. As lágrimas anunciadas  antes, agora descem de seu rosto e ele chora baixinho.

"Não consigo me desligar dele! Para mim, essa nossa ligação é uma maldição. Minha condição, longe de ser uma bênção, é um mal que me oprime e não ter Vegas comigo será sempre o fim. Escolhi deixá-lo para que a culpa não o oprimisse, mas minha escolha não me trouxe paz ou liberdade. Seguirei amando calado."

Os pensamentos do rapaz se misturam e ele não consegue mudar o foco.

"Ele está tão lindo como antes. Os anos interferiram pouco com seu rosto e tez e seu sorriso ainda é inteiro como em nossa adolescência. Seus olhos seguem expressivos como antes. Ainda vejo suas dúvidas expressas em seu olhar. 

Mergulhado em sua dor, os pensamentos oscilam e ele cobra do outro algo que nunca fez pessoalmente. Sua voz escapa sofrida, cheia de ressentimento e culpa.

"Como você me conhece tão pouco, Vee? Como vou conviver com você o tempo todo, acabar me expondo, meu amor?"

"Não sei como vou viver tão perto de você e tão distante!"

Âmbar    #VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora