Âmbar #VegasPete

Vinte

A manhã no escritório estava corrida.

 Mon precisa que Vegas assine uma quantidade indecente de documentos  referentes à nova aquisição da empresa. Khun Pete a autorizou a ajudar no setor de materiais e ela, Pearl e as outras assistentes de outros diretores estão desde cedo catalogando os móveis que fazem parte da novo empreendimento. Por catalogar entende-se, acompanhar as equipes técnicas que determinam o destino de cada peça e essa é uma atividade que sempre aumenta as atividades e o fluxo de pessoas nos setores. 

Toda vez que a empresa tem trabalho extra, contrata funcionários temporários, mas quando o assunto é acervo imobiliário, de joias ou livros, só pessoal especializado e empregados de confiança são convocados. Com isso, as secretárias ocupam a posição das assistentes e essas acompanham as atividades de análise, documentação e arquivos, além de fazer os relatórios da condição desses materiais. 

Mon, que além de assistente direta de Pongsakorn, ainda cuida dele, lembrando-o de beber água e hidratar a pele, nesses dias acaba totalmente envolvida nas questões de documentação de estoque. 

Apesar de estar ligada às atividades ligadas ao inventário das novas peças, ela ainda tenta cuidar do chefe, por isso tenta observar seu chefe. E por isso, em certo momento da manhã ela notou Pongsakorn seguir para a sala de Vegas, mas  presa à suas atividades, não percebeu se o homem já saiu dali. Por quase um ano essa não era uma preocupação sua, pois Vegas jamais ia até a sala de Vegas, mas desde que aquela maldita mulher invadiu a empresa, o relacionamento dos dois mudou.  mesmo assim, ela entrou na sala de diretor de finanças sem bater. O homem sorriu para ela, tirando os olhos do documento que revisava e  olhou para Pete, que sentado no sofá ao lado da mesa de café, também lia. Ela reconheceu que aqueles eram os documentos sobre a aquisição das porcelanas e rapidamente separou os que trazia em sua mão, para dar-lhe. 

Enquanto falava com ela sobre os livros que vieram do espólio, Vegas  ergueu-se  para e ir até o herdeiro de Baran Saengtham com um sorriso que ela desconhece. Mon sorriu, silenciando-se, mas, quando Pete ergueu os olhos do documentos e mirou Vegas, seus olhos mudaram. Mon ficou estática. "Eles estão apaixonados?" 

Os olhos de Saengtham pareciam duas bolas de fogo e Vegas foi até o homem e sorrindo, fechou os botões do pulso dele.

— Viu, Mon, porque pedi para você não deixar ele naquela sala sozinho? ele é igual criança. Amarrotou-se todo.   — Vegas terminou de fechar os punhos, arrumou o cabelo de Pete e voltou para seu lugar, só agora percebendo que a mulher tinha ficado parada no meio da sala.

A mulher voltou a mover-se. 

— Khun Vegas, nong Pete não mexeu em nada. Todas as peças que ele quis ver o dr Pruek e eu trouxemos para ele. 

— Obrigado por cuidarem dele, Mon.

— Tudo bem... Olhe, preciso que assine esses documentos para enviar as primeiras cargas. 

Entregou os relatórios e memorandos.

— Além disso, enviei cópias para os endereços postais dos senhores e do setor de antiguidades.

— Obrigado. Os que enviou antes, já assinei e reenviei para você.

— Deve ter chegado enquanto eu estava revisando as salas de livros.

—  A propósito, você verificou as condições para armazenamento de lá?    — Pete perguntou, sem tirar os olhos do tablet.

— Sim, khun. Mês passado reformei as bibliotecas dos três andares do arquivo. Nosso pessoal aplicou os anti-mofo e refez a pintura da B1. Todo o material foi retirado, limpo e voltou ao seu lugar nas prateleiras.