— Vocês o quê? — O grito invadiu todos os cantos da casa dos Saengtham. Parecia até que Tankhun estava plantado no meio da mansão. A notícia, embora esperada, parece apressada agora, principalmente porque aas férias escolares de Syn estão no início ainda.
Horas antes...
A segunda-feira começou morna como o tempo cansativo de Bangcoc no fim verão. Apesar da satisfação de terem um bom emprego, o cansaço das últimas semanas ainda estava impregnado na maioria dos funcionários que chegavam para o trabalho. Nem mesmo as fofocas sobre o final de semana animava a turba que circulava pelos corredores do andar de entrada do grupo Saengtham-Theerapanyakul.
Um sorriso ou outro insistia em burlar o cansaço mental de todos.
Alguns já sonhavam com a viagem prêmio prometida pela diretoria. Uma semana em um resort com tudo para alimentar corpo e alma. Prática comum dos antigos diretores que os mais jovens prometem manter.
Entretanto, nem mesmo essa esperança ajuda a equilibrar o calor que insiste em inibir o ar frio que o equipamento de esfriamento lança no ambiente. Porém, logo cedo os ânimos mudaram.Tudo começou a mudar quando Pete chegou à empresa. Além de ser um dos chefes, o homem chama a atenção por sua elegância e beleza, fazendo com que jamais passe despercebido e por isso mesmo sua chegada sempre chama a atenção. A fama de mandrião continua circulando no ambiente corporativo, mas seus funcionários há muito conhecem seu empenho e entende seus hábitos. Mas nessa manhã não é sua simpatia ou elegância que prende os olhos de seus companheiros de trabalho. É sua atitude inesperada.
Pete não veio sozinho. Vegas, que vinha logo atrás dele, foi parado por um dos diretores e ambos ficaram conversando bem próximos à recepção da empresa.Saengtham parou, próximo ao elevador da Diretoria e ficou olhando o celular. Os minutos passaram, mas a atenção do inusitado público não se desfez.
Pongsakorn tirou os olhos da tela e chamou um dos curiosos:
— Suong, redistribui essa fila. Os elevadores da diretoria e de visitantes estão parados, use-os.
Desde a morte de Baran, os funcionários pararam de utilizar esses aparelhos. Na mente deles, se os elevadores tinham identificações, seu uso era para isso.
— Senhor, tem certeza?
— Tenho. Durante o dia, quando o uso é menor, aceito vocês fazerem essa distinção, agora é desnecessário. Tay só chega depois das nove, só eu e Vegas vamos usar elevador agora e ele está com um cliente...
Apontou com o ombro.
— Senhor, mas ele deve estar acabando...
— Então subimos com alguns de vocês. Não podemos dizer sue nossa empresa é uma família se nem podemos compartilhar uma ascensão aos nossos escritórios... Corram. Aqui está quente e suas salas estão frias.
Suong obedeceu, e os três outros elevadores começaram a ser utilizados. Mas a comoção criada pela interferência do presidente, fez com que a atenção voltasse só homem e foi aí que as conversas mudaram de tom.Uma das secretárias notou Pete olhando para Vegas.
O chefe estava tão entretido observando o outro conversar com o cliente que não notou que outras pessoas estavam olhando para eles.Na verdade, se as filas dos elevadores não tivessem tão concorridas, talvez ninguém notasse o que acontecia ali na recepção do térreo.
A primeira pessoa a notar que Pete olhava enlevado para Vegas foi a secretária do almoxarifado. Ela viu os olhos do chefe totalmente mudados e falou para uma das colegas próxima de si na fila. O interesse foi se tornando de todos assim que alguém confirmou.
— Os olhos dele parecem fogo olhando para khun Vegas! — A voz admirada veio de trás de Suong.
Outra pessoa cochichou:
— Se me lembro bem até bem pouco tempo eles só falavam o necessário.
Outra voz informou:
— Sim. Mas todo mundo sabe que os dois sempre foram amigos.
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Âmbar #VegasPete
FanfictionPlot de @haribib Pete sabe de sua condição desde cedo. Amigo de Vegas, um desencontro juvenil os afastou no fim da adolescência e agora que eles se reencontraram, Pete sente que o sentimento anterior se expandiu e ele está apaixonado pelo ex-amigo...