Vinte e Hum. Tay, Tawam e Bow

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A manhã começou corrida. Na mesa de café Tay não conseguia controlar a alegria . Saber que Bow tinha se oferecido para gestar seu filho era maravilhoso.
Tawan,  o marido apaixonado,  tinha guardado segredo do acordo com a amiga.
Não que o fato de serem pais fosse um tema novo. Eles já tinham conversado antes sobre a inseminação artificial,  mas Tay sempre desejou que o óvulo não fosse de uma doadora desconhecida. Sua preocupação é totalmente compreensiva já que ele lembra bem porque Oak partiu. Se o irmão tivesse feito um procedimento médico quando descobriu a doença,  talvez estivesse vivo. No caso do irmão,  isso não ocorreu porque a mãe dele já tinha partido.
—   Como você conversaram sem eu saber?
—   Ora,  smor, trabalhamos na mesma unidade,  agora que Bow veio para trabalhar com vocês.
—   Como vai ser?
—   Conversamos. Ela disse que se nós quisermos ela pode acompanhar o crescimento de nosso filho.  E no dia que ela fez a coleta dos óvulos,  assinou a autorização para coletarmos a placenta. Eu sei que você queria esperar o Syn completar dez anos, mas ela quer ter um filho com o Pruek também.
—  Ela decidiu?   —   Tay sentiu-se feliz. Algo sempre o fez sentir que os amigos precisavam conhecer esse tipo de amor. Mas, obviamente, nunca se interpôs na vida do casal, cada um decide como deve viver sua vida.
—  Acho que as últimas interações dela com nosso sobrinho estão fazendo ela repensar...
Tay sorriu. Syn é um garoto especial. Sempre foi assim.  Entra devagar na vida das pessoas. E é um casamenteiro de marca maior! Conquistou Bow, aproximou Vegas e Pete e, Tay desconfia que o pequeno travesso está querendo casar Khun com seu melhor amigo, Jon.
O menino vai ficar feliz em saber que vai ter um primo. Sorriu com essa certeza. Terminou de comer e foi terminar de se arrumar para ir para o hospital.

No hospital

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No hospital...
—  Bem, senhores, chamei todos aqui porque não posso começar a inseminação como programado.

—  Bow está bem, Doutor?  -   Três vozes preocupadas ergueram-se.
—  Sim. Ela está muito bem.
—  Então por que ela não pode ser inseminada?
—  Porque a senhora já está grávida.
 — Grávida?   —  De novo três vozes quase gritaram.
—   Sim. Grávida.  Os últimos exames nos mostraram que ela está com quase três semanas de gestação. É uma gravidez natural e saudável. O que inviabiliza o procedimento previamente contratado.
—  Doutor,  mas como aconteceu?  Eu tinha voltado a tomar remédio depois que decidi  fazer o procedimento.
—  Provavelmente você engravidou dias antes de voltar a evitar.

Bow sentiu-se mal pelos amigos. as últimas horas tinham sido de alegre expectativa, os três passaram parte da manhã conversando no grupo que tinham criado só para tratarem de sua gravidez.
—  Desculpe-me, Tawan...
—  Não! Nós estamos felizes por vocês dois. Olha o seu marido!  Ele nem absorveu ainda a informação!  —    Tay interrompeu.
Bow olhou para o lado e o marido estava ali, pálido. Ela sorriu. Por um lado, aliviada com a compreensão dos amigos, por outro feliz em gerar seu próprio filho. obviamente há um monte de questões a serem levadas em conta, mas ela e o marido vão levar isso com coragem e amor, como fazem com tudo na vida.
—  Você não está feliz,  amor?
—  Sim... estou... mas não sabia que você tinha parado o anticoncepcional... Isso significa...
—  Sim. Decidi que quero ser mãe de um filho nosso. Mas depois decidi  que seria que o filho deles nascesse...
—  Por causa daquela vidente e do seu sonho, Bow?  —   Tay perguntou, curioso.
—  Sim. Mas parece que meu sonho está errado... ou então... meu filho não vai vingar...
—  Desculpe, Doutor. É que ela sonhou que só seria mãe depois da segunda gravidez. Agora  está preocupada.   — Tawan explicou ao notar a expressão curiosa do geneticista.
—   Bem, embora eu seja cético,  pelo jeito não há engano e  gravidez vai correr bem. —  O médico disse sorrindo.
—  Por que o senhor diz isso?   —   Pruek, o homem que acabou de ser elevado ao posto de futuro pai, perguntou, curioso. 
—  É que para o corpo da senhora Manaow e para  Medicina, essa é sua terceira gravidez.
—  Não.  Bow só gestou o filho de meu cunhado.  —   Tawam comunicou.
—  Sim. Mas vocês estão desconsiderando a primeira gravidez.   —   O médico falou, mostrando os registros da gestante.
—  Ela sofreu um aborto espontâneo... — Pruek respondeu.
—  Sim. Mas era uma gravidez. Logo, essa é a terceira criança.
Bow suspirou aliviada. O medo abandonando-a.
— Depois que meu bebê...
 — Nada de planos, Bow. Nós só queremos acompanhar sua gravidez. Vamos ser tios maravilhosos para seu filho.
—  Não é justo. Você sempre quis ser pai, Tay.
—  Isso é irrelevante agora. Vamos curtir seu filho. O Destino resolveu mudar nossos planos e nós aceitamos.
—  Sua mãe vai me matar, Tawan.
—  Esqueceu que ela ama você?  Ela vai amar seu filho como neto dela, não importa se você vai permitir ou não.
Saíram do consultório médico já com o cronograma do pré-natal. 
O combinado era irem para a casa dos Saengtham,  depois da visita ao médico e foi justamente o que fizeram, depois de conversarem com a mãe de Tawan,  que de fato aceitou a novidade

Âmbar    #VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora