─── ・parte vinte e sete。゚☆: *.☽

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Dona Neném parecia sentir o cheiro quando alguma coisa estava acontecendo. Ela chegou de surpresa pouco tempo depois, fazendo Hilda pular da cama e Malthus se cobrir com um travesseiro antes que ela aparecesse na porta do quarto. Hilda se despediu apressadamente, lançando olhares furtivos para ele, mas a calcinha continuou debaixo do travesseiro. Um, porque não tinha como devolver. E dois, porque ele não queria.

A mãe o olhou como se soubesse exatamente o que ambos tinham feito. Ela desapareceu para o próprio quarto e ele esperou por um tempo antes de ir para o banheiro tomar um banho gelado. Ele ficou embaixo do chuveiro, esperando que a água acalmasse e esfriasse seu corpo.

— Malthus — a mãe chamou assim que ele abriu a porta do banheiro. — Venha aqui.

Ele parou na porta do quarto, vendo a mãe sentada na cama com uma caixinha nas mãos, estendendo para ele.

— O que é isso? Ele perguntou ao pegá-la nas mãos.

— Abra — a mãe disse. Ele abriu e encontrou duas alianças. — Seu pai me deu quando noivamos. Provavelmente precisa de ajustes, sua mão é maior que a dele e a de Hilda parece ser menor que a minha. Mas é um diamante, pequeno, mas um diamante. Eu ficaria muito feliz se usasse.

Malthus sentiu os olhos ficando marejados.

— De verdade, minha mãe?

— Por que eu mentiria? — ela deu um sorriso. — É o único filho que tenho. Se as coisas não tivessem acontecido como aconteceram, provavelmente essas alianças nunca mais veriam a luz do dia.

Dona Neném se levantou, dando um beijo na bochecha de Malthus.

— Me ajuda a fazer os bolos para a festa de São Pedro?

Malthus fungou, enxugando as lágrimas que estavam prestes a cair.

— É claro. Vou ir untar as formas. 

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