O Bar estava escuro, havia umas luzes amarelas nas paredes e em alguns lugares estratégicos. Pessoas vagavam pelos lugares, umas bebendo, outras fumando, outras apenas se divertindo com seus amigos.
A trilha sonora era uma montanha-russa musical, alternando entre batidas eletrônicas vibrantes e os acordes suaves de Taylor Swift. (Queria estar ouvindo minha playlist do Spotify só de Nirvana)
— Ele vai estar mesmo aqui, Lucky? — pergunto enquanto o observo, notando que ele está concentrado no celular.
— Com quem você está falando? — questiono, tentando espiar a tela, mas ele a esconde rapidamente.
— Com ninguém! Juro! — ele responde nervoso, suas bochechas corando.
— Lucky, está escondendo algo da sua melhor amiga? — questiono, tentando não rir ao vê-lo ficar tão envergonhado.
— Óbvio que não! É só a Mika!
— Mika? Quem é essa? — pergunto curiosa
— Mikaella, uma colega de faculdade. — ele dá um sorrisinho de leve— Apenas uma colega né? Sei... — olho de relance para ele e começo a sorrir
— Ah para vai! — ele responde, cobrindo o rosto de vergonha.
A mesa onde estávamos sentados era do lado do palco, pois assim ficaria mais fácil de se comunicar com o Nicolas.
O lugar era bem legal, os atendentes são atenciosos e a comida é boa. O hambúrguer que eu pedi veio bem recheado, e eu amo quando isso acontece.
A luz do bar simplesmente se apaga, mergulhando o ambiente em completa escuridão por um instante. Então, uma única luz amarela se acende no palco, revelando três silhuetas que surgem sobre ele: um na bateria, outro na guitarra e o terceiro segurando um baixo. Pelas fotos que vi, reconheço o baixista como sendo Nicolas.
A melodia familiar começa a preencher o espaço enquanto o baixo ressoa suavemente. Reconheço a música imediatamente quando as primeiras palavras são cantadas:
— I'm going back to 505...
O som da guitarra se junta à bateria, criando uma harmonia envolvente que parece capturar a atenção de todos no bar. A atmosfera muda instantaneamente, carregada com uma energia eletrizante enquanto a banda continua a tocar.
— If it's a seven hour flight or a forty-five minute drive. — Nicolas canta, sua voz grave e penetrante ecoando pelo ambiente, enquanto ele se destaca com o microfone à sua frente.
— In my imagination, you're waitin' lyin' on your side... — O outro homem começa a cantar também, sua voz mais melódica e suave, contrastando com a gravidade da voz de Nicolas.
As pessoas ao redor estão envolvidas na música, seus rostos iluminados pela luz fraca do palco, expressando uma mistura de emoções: desde nostalgia até pura euforia. Alguns balançam a cabeça no ritmo da música, outros cantarolam junto, enquanto alguns apenas fecham os olhos e se entregam à experiência sensorial.
É como se o tempo parasse por um momento.
Depois do show, eu e Lucky nos dirigimos até os bastidores, Nicolas estava sentado no sofá do camarim enquanto tomava uma água, seu cabelo estava bem molhado pelo suor, e sua jaqueta preta agora estava jogada em um canto.
Nicolas parecia estar perdido em seus pensamentos quando nos aproximamos, mas logo percebeu nossa presença e nos cumprimentou com um sorriso caloroso. Ele estava sozinho, o que nos deu a oportunidade perfeita para discutir a proposta de trazê-lo para a banda.
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Acordes Rivais
Storie d'amore- Quanta coisa pode mudar em apenas um ano? Após uma grande perda, Charlie não sente mais aquela energia que ela sentia antes. Sua vida antes agitada, com shows de rock e ensaios, agora era apenas um vácuo de solidão e tristeza. A banda antes form...