18. Minha luz...

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Narrado por Valerie Gray:

Enquanto eu caminhava em direção à saída do salão principal, senti uma mão envolver minha cintura e me pressionar contra a parede.
Era Sirius.

— Por que você está me evitando, Valerie? — ele perguntou, com um tom de curiosidade e leve reprovação.

Tentei me desprender de seus braços, mas ele era evidentemente mais forte do que eu.
Ele sorriu de lado, debochado, ao ver minha tentativa de sair de seus braços. Seu sorriso era tentador, mas eu não podia me deixar levar o pela terceira vez.

— Sirius, me solta. Não temos nada para conversar — respondi, tentando manter uma expressão séria, apesar da situação.

Ele inclinou a cabeça, nossos rostos estavam quase se colando, ele estudou meu rosto por um momento antes de falar.

— Está bem, mas saiba que não vou desistir tão fácil, Valerie — disse ele, com um olhar determinado.

Suspirei, resignada, enquanto ele finalmente me soltava. O que eu poderia fazer para evitar essa confusão de sentimentos que parecia só crescer entre nós?

Narrado por Sirius Black:

Depois de deixar Valerie, caminhei em direção aos Marotos, que saíam do salão principal em animada conversa.

Entramos na comunal da Grifinória juntos, mas James, Peter e Remus seguiram para o dormitório, deixando-me sozinho.

Me acomodei em uma poltrona próxima à lareira, perdido em meus pensamentos. Peguei o mapa do maroto e observei enquanto Valerie entrava na comunal da Sonserina.

Porra, por que eu não tinha coragem de me declarar para ela? Principalmente agora, depois daqueles beijos.

Senti uma mistura de frustração e desejo, incapaz de entender completamente meus próprios sentimentos. Era como se algo dentro de mim estivesse gritando para eu agir, para dizer a ela o que realmente sentia. Mas o medo de estragar nossa amizade sempre me paralisava.

Enquanto encarava o mapa, uma parte de mim sabia que era hora de tomar uma decisão.

Permaneci ali na poltrona, perdido em meus pensamentos, enquanto as chamas da lareira dançavam hipnoticamente diante de mim. O ambiente tranquilo da comunal da Grifinória contrastava com a tempestade de emoções que se desenrolava dentro de mim.

A lembrança dos beijos com Valerie ecoava em minha mente, despertando um turbilhão de sensações contraditórias. Eu me pegava revivendo cada momento, cada toque, cada olhar trocado entre nós. Era como se uma parte de mim desejasse que aqueles momentos nunca tivessem acontecido, enquanto outra parte ansiava por mais.

Mas o medo persistia, pairando sobre mim como uma sombra constante. O medo de arruinar nossa amizade, o medo de não ser correspondido, o medo do desconhecido. Porra, por que tudo tinha que ser tão complicado?

Enquanto eu lutava com meus próprios dilemas, uma voz interior sussurrava que era hora de agir, de confessar meus sentimentos a Valerie. Mas eu me sentia paralisado, incapaz de dar o próximo passo.
Essa dualidade entre nós, essa complementaridade de personalidades opostas, sempre foi o que tornou nossa relação tão única e intensa. Por mais que eu detestasse admitir, Valerie era minha âncora, minha luz no meio da escuridão, mesmo que eu preferisse manter isso em segredo.

Era verdade que eu fazia questão de mostrar minha rebeldia, meu desafio constante às regras e convenções. Mas por trás da fachada de insolência, havia um coração que batia forte por ela, um coração disposto a fazer qualquer coisa para vê-la sorrir.

E mesmo que a Sonserina e a Grifinória estivessem em lados opostos do espectro, nossa conexão era mais forte do que qualquer rivalidade entre casas.

Eu estaria disposto a desafiar o mundo inteiro por ela, a enfrentar todas as adversidades, se isso significasse tê-la ao meu lado.

Valerie era minha exceção, minha contradição, minha redenção. E eu faria de tudo para provar a ela que, apesar de todas as minhas falhas e imperfeições, meu amor por ela era genuíno e inabalável.

Sai dos meus pensamentos após me deparar com Marlene e suas amigas adentrando a comunal, a lembrança do beijo indesejado veio à tona, causando uma pontada de frustração. Claro, Marlene não tinha a menor noção do quanto aquele gesto me incomodou, mas isso não tornava a situação menos irritante.

Revirei os olhos diante da presença delas, consciente de que não queria prolongar aquele encontro. Sem dizer uma palavra, dei meia-volta e me afastei, rumando em direção ao meu dormitório.

Chegando ao dormitório, os garotos estavam todos dormindo, e eu me joguei na cama, desejando que o sono viesse logo para me libertar da tormenta de pensamentos que me assolava. Mas, mesmo com os olhos fechados, era impossível escapar da turbulência emocional que tomava conta de mim.

Continua...

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NOTAS DA AUTORA.

Estavam com saudades????

Digam aí o que vocês estão achando.

Me perdoem por qualquer erro ortográfico!

Por favor votem para eu continuar a escrever.

𝗠𝘆 𝗹𝗼𝘃𝗲 𝗳𝗼𝗿 𝘆𝗼𝘂 𝗶𝘀 𝗿𝗶𝗱𝗶𝗰𝘂𝗹𝗼𝘂𝘀 - 𝑆𝑖𝑟𝑖𝑢𝑠 𝐵𝑙𝑎𝑐𝑘Onde histórias criam vida. Descubra agora