14. Segredos

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Narrado por Valerie Gray.

Observando a aula de DCAT, vi Marlene e Lily naquela troca incessante de palavras. Não pude deixar de perceber o jeito como Marlene olhava para Sirius. Porra, ela está claramente apaixonada por ele. Isso é o que eu precisava, mais uma competição pelo meu melhor amigo.

A raiva pulsava em minhas veias enquanto me questionava se a amizade que construí com Sirius seria afetada por novas presenças. A preocupação se misturava à irritação, criando um turbilhão de emoções enquanto tentava manter a fachada de normalidade naquela sala de aula.

Sirius se virou na cadeira e me encarou, seus olhos faiscando de malícia. Ele comentou:
— Ainda não consigo esquecer aquele beijo, foi um puta beijo, Val. -Disse sorrindo.

Revirei os olhos, tentando manter a pose:
— Sirius, não podemos ficar remoendo isso o tempo todo. Eu também não consigo tirar da cabeça, mas... esquece.

Ele soltou uma risada travessa:
— Esquecer, Val? Duvido que você queira esquecer.

Respondi com um meio sorriso, cedendo à provocação:
— Quem disse que eu quero esquecer?- eu falei e ele sorriu, seu olhar estava nos meus lábios.

A atmosfera entre nós estava impregnada de tensão e desejo reprimido. Sirius, então, sussurrou algo que fez meu coração acelerar:

— Que tal matarmos uma aula e irmos fumar um baseado no banheiro? O que acha?- ele arqueou as sobrancelhas.

Senti uma mistura de excitação e hesitação. As palavras dele eram carregadas de ousadia e a ideia de escapar para um momento só nosso me intrigava. Em um sussurro, respondi:
— Foda-se essa aula, vamos nessa.

A ousadia de Sirius era contagiosa, e a perspectiva de fugir para um momento clandestino tornava o convite irresistível.

Após o professor se virar, Sirius se levantou, pegou minha mão e disse com um sorriso travesso:
— Senhorita.

Nós dois saímos correndo da sala de aula, rindo e aproveitando o momento de rebeldia. Chegamos ao banheiro do segundo andar, e Sirius tirou um baseado do bolso, olhando para mim com um olhar malicioso.

Ele provocou, acendendo o baseado:
— E aí, Val? Pronta para se desligar do mundo um pouco?

Revirei os olhos, aceitando a provocação:
— Sirius, você sabe que sim.

Ele tragou profundamente e passou o baseado para mim. Já tínhamos feito isso antes, e o ritual tinha um quê de cumplicidade. Entre uma tragada e outra, Sirius soltou uma risada ao mencionar a noite passada:
— Evans tava me pedindo pra ficar com a Marlene, sabe o que eu disse pra ela? Um belo "foda-se".

Eu ri com suas palavras e traguei o baseado.

A onda do baseado já estava batendo forte, e, entre risos, eu provoquei Sirius:
— E você ficaria com a Marlene? Você ficaria com ela?

Ele soltou uma risada e, com um sorriso malicioso, respondeu:
— Ah, Val, se eu estivesse bebado ou chapado pra caralho, eu até consideraria.

Ambos rimos da resposta descontraída, aproveitando o momento leve que a erva proporcionava. A conversa fluía naturalmente, envolta pela atmosfera descontraída do banheiro do segundo andar de Hogwarts.

A erva já tinha nos envolvido numa névoa de descontração. Eu me escorava na pia, e Sirius, no auge da sua ousadia, se aproximava lentamente. Seus olhos revelavam a intensidade do momento, e a atmosfera carregada de desejo aumentava a cada segundo.

Entre tragos do baseado, Sirius não hesitou em dizer:
— Porra, Val, esse beijo que você me deu na minha casa não sai da minha cabeça.

Sem pensar duas vezes, impulsiva pela erva e pela tensão crescente, puxei-o para um beijo. Ele correspondeu imediatamente, me erguendo e colocando-me sobre a pia. Nossas línguas dançavam em perfeita harmonia, e as mãos de Sirius exploravam cada centímetro do meu corpo, criando uma sinfonia de desejo no banheiro do segundo andar de Hogwarts.

Após um beijo intenso, paramos para respirar, e eu, entre respirações entrecortadas, perguntei:
— Porra, Sirius, o que estamos fazendo? Somos melhores amigos.

Sirius, já completamente chapado, soltou uma risada e respondeu:
— Ah, Val, relaxa! Ninguém precisa saber disso.

Sorrindo com a resposta, eu me preparava para beijá-lo novamente quando a Murta que Geme interrompeu, nos olhando com um risinho malicioso:
— Eu sei do segredinho de vocês.

Rimos juntos e saímos do banheiro, deixando a Murta com suas especulações, ainda mais confusa do que antes.

Narrado por Sirius Black.

(...)

Ao encontrar Regulus, contei sobre a visita à que eu e Valerie fizemos a nossa mãe e toda a confusão que ocorreu lá, incluindo o beijo de Valerie no quarto e no banheiro a umas horas atrás. Régulos estava surpreso, questionando se eu finalmente havia me declarado para ela, já que ele sabia da minha paixão de longa data por Valerie.

— Não, Régulos, não fiz isso. Não quero que Valerie pense que influenciei James a terminar com ela porque sou apaixonado por ela. Não quero estragar tudo.

Expliquei que, mesmo que tivesse sentimentos por Valerie, a amizade deles era mais importante, e temia que uma declaração de amor estragasse tudo. Regulus assentiu, compreendendo a complexidade da situação.

Regulus:
—Vocês ficaram duas vezes, e você não quer se declarar? Era a oportunidade perfeita seu idiota!

Eu revirei os olhos e acenei com a cabeça.

Narrado pela autora.

Lucius Malfoy, que estava escondido nas sombras das masmorras, ouviu atentamente a conversa entre Sirius e Regulus. Ao captar a parte em que Sirius expressava seu medo de se declarar, preocupado com a possibilidade de Valerie pensar que ele influenciou James a terminar o relacionamento por estar apaixonada por ela, Lucius saiu cautelosamente, mantendo suas descobertas para si mesmo.

Continua...

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NOTAS DA AUTORA.

Digam aí o que vocês estão achando.

Me perdoem por qualquer erro ortográfico!

Por favor votem para eu continuar a escrever.

𝗠𝘆 𝗹𝗼𝘃𝗲 𝗳𝗼𝗿 𝘆𝗼𝘂 𝗶𝘀 𝗿𝗶𝗱𝗶𝗰𝘂𝗹𝗼𝘂𝘀 - 𝑆𝑖𝑟𝑖𝑢𝑠 𝐵𝑙𝑎𝑐𝑘Onde histórias criam vida. Descubra agora