𝗠𝘆 𝗹𝗼𝘃𝗲 𝗳𝗼𝗿 𝘆𝗼𝘂 𝗶𝘀 𝗿𝗶𝗱𝗶𝗰𝘂𝗹𝗼𝘂𝘀 - 𝑆𝑖𝑟𝑖𝑢𝑠 𝐵𝑙𝑎𝑐𝑘

13. Mente confusa

Narrado por Valerie Gray:

Sirius, ao adentrarmos seu quarto, pareceu relaxar e soltou uma risada descontraída, jogando-se na cama. A atmosfera era leve e familiar, permeada por décadas de amizade entre nós. A presença na mansão Black poderia ser imponente, mas ali, naquele quarto, tudo parecia mais simples.

Sirius:
—Às vezes, a formalidade dessa casa me sufoca. É bom ter um pouco de normalidade por aqui. - Disse se espreguiçando na cama.

Concordei, sentando-me em uma poltrona próxima, refletindo sobre como a casa dos Black contrastava com a descontração de Sirius.

Ao encarar seu quarto eu percebi coisas estranhas, havia posts da Grifinoria por todo o quarto mas eu me surpreendi ao ver posts de mulheres seminuas.

—Sirius, sério? Garotas trouxas seminuas?

Sirius, coçando a cabeça com um sorriso travesso:
—Ah, esses? São apenas para irritar meus pais, você sabe.

Embora surpresa, não pude evitar rir da atitude típica de Sirius. Aquele quarto era um reflexo
do adolescente ousado que ele é.

Peguei um travesseiro e dei uma pancada na cabeça de Sirius.

—É para aprender a decorar seu quarto com coisas mais decentes! - falei com um sorriso convencido.

Sirius, rindo:
—Acho que vou manter meu estilo. - Ele bloqueou o outro golpe com o travesseiro, ele ficou de pé e começamos a nos bater com os travesseiros, assim a luta travessa começou.

No calor do momento, Sirius conseguiu me acertar, e eu caí na cama. Antes que pudesse revidar, ele me prendeu com uma agilidade surpreendente.

Olhando para Sirius perto do meu rosto eu o encarei.

—Você realmente não deveria deixar essas imagens na parede.

O ambiente ficou tenso enquanto nossos olhares se encontravam. O frescor do hálito de Sirius misturado com a tensão no ar criou uma sensação única.

Narrado por Sirius Black:

Valerie me chamou suavemente, e eu respondi com um sussurro. De repente, seus lábios encontraram os meus em um beijo surpreendente. Por um instante, me deixei levar pelos sentimentos que sempre mantive escondidos. No entanto, ao sentir a intensidade do momento, me afastei e me levantei da cama.

Minha mente era um turbilhão de emoções. Anos de amizade, segredos guardados e agora, esse beijo. Eu sempre escondi meus sentimentos por Valerie, temendo arruinar nossa amizade. Mesmo com a confusão, eu sabia que não podíamos ignorar o que acabara de acontecer.

Valerie se levantou da cama e se aproximou de mim, seu olhar estava buscando uma resposta. Ela perguntou com cautela:
— Não gostou? - Disse me encarando.

Eu hesitei por um momento antes de responder, tentando escolher as palavras certas:

— Não é que eu não tenha gostado, Val. É só que... são muitas coisas acontecendo de uma vez.

Valerie suspirou, compreendendo a complexidade do momento. A tensão entre nós era palpável, e era difícil dizer para onde isso nos levaria.

Valerie se aproximou de mim, fazendo nós ficarmos centímetros um do outro.

Valerie, com um sussurro, perguntou:
—Sirius, o que estamos fazendo? - Ela passou a mão nos olhos.

Respondi, guiado pela emoção do momento:
—Não sei, Val, mas sinto que era algo que talvez deveria ter acontecido há muito tempo.

Num movimento instintivo, puxei-a pela cintura, permitindo que o desejo e a emoção tomassem conta de nós. O beijo que se seguiu foi uma explosão de paixão, onde cada segundo era uma eternidade. Nossos lábios dançavam em harmonia, revelando emoções reprimidas e desejos ardentes. A intensidade daquele momento marcava uma virada, um ponto de não retorno que poderia mudar tudo entre nós.

Após nos separarmos do beijo, Valerie sorriu para mim, quebrando o silêncio com um toque de leveza:
— Acho que é hora de voltarmos para Hogwarts, não é? - ela disse reprimindo os lábios e sorrindo.

Concordei com um sorriso, ainda envolto pela intensidade daquele momento, e nos dirigimos juntos para fora da mansão Black, deixando para trás as complexidades e os sentimentos ocultos que, de alguma forma, começavam a vir à tona.

Descemos as escadas juntos, e ao chegarmos na sala, Valerie foi se despedir de minha mãe.

Valerie, com gentileza:
— Foi ótimo visitar sua casa, Sra. Black. Agradeço pela hospitalidade.

Ela, surpreendentemente cordial:
— Sempre é bom ter visitas. Voltem quando quiserem querida. - disse sorrindo para Valerie.

Eu, mesmo ciente da frieza de minha mãe, me aproximei para me despedir:
— Até a próxima, mãe.

Eu dei um passo e ela me abraçou, nem parece que sempre que estou de férias ela grita comigo e vice versa.

Minha mãe, com seu abraço breve:
— Até... Sirius. -passou sua mão sobre meu rosto e sorriu brevemente.

Valerie e eu nos dirigimos para fora da mansão Black, deixando para trás o ambiente peculiar daquela casa.

Narrado por Valerie Gray.

Durante o caminho não trocamos uma palavra sobre o beijo.

(...)

Sentados à margem do lago, o silêncio entre nós era palpável, até que Sirius quebrou o gelo, lançando a pergunta que pairava no ar:

Sirius, olhando para o lago:
— O que isso significa para nós? Vai mudar alguma coisa?

Refleti por um momento antes de responder, a brisa suave do lago trazendo consigo uma tensão quase palpável.

Eu encarei o lago negro e joguei uma pedra.
— Não sei ao certo. Talvez seja melhor esquecermos isso por enquanto, entende?

Sirius assentiu, uma sombra de incerteza em seus olhos, enquanto o lago refletia as complexidades recém-descobertas entre nós.

Enquanto observava a água calma do lago, meus pensamentos giravam como folhas ao vento. Por que eu o beijei? Sirius sempre foi meu melhor amigo, uma presença constante que nunca ultrapassou as fronteiras da amizade. No entanto, após o término com James, algo dentro de mim mudou.

A confusão se instalou, misturando-se às águas serenas diante de mim. Não queria perder a amizade que construí com Sirius ao longo dos anos. Era como se estivesse flutuando em um mar de emoções contraditórias, onde a linha entre a amizade e algo mais se tornava cada vez mais tênue.

Continua...

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NOTAS DA AUTORA.

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