Capítulo 4

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Arrumado charmoso, era assim que Iero se sentia após um banho demorado de quase uma hora .

O terno que foi entregue o caiu perfeitamente, como se feito à medida; Era Completamente preto com duas minúsculas rosas bordadas nos pulsos.

Quando voltou ao quarto haviam quatro pares de sapato, quem quer que tenha os escolhido não sabia seu número, mas não importava.

Já estava pronto.

Uma ansiedade começava a surgir em sem corpo, queria saber quem o abrigara e o porquê.

Seu coração quase saiu pela boca ao ouvir as batidas a porta.

Seguiu o mordomo pelo mesmo caminho que percorrera durante o dia, enquanto rodava incansavelmente seu piercing no lábio inferior.

O Portal dessa vez estava coberto por uma cortina, como a da moldura de mais cedo.
O mais velho abriu para que Frank passasse e ficou ali.

Novamente, somente velas postas na mesa iluminavam a grande sala de jantar.
Percorreu o olhar por todos os cantos, até perceber uma presença ao final da loga tábua de madeira.

A escuridão o cobria quase por completo, mas conseguia ver suas pálidas mãos apoiadas ma mesa.
—Sente-se, por favor — foi surpreendido por uma voz mais doce do que esperava.

Obedeceu, ficando de frente para o anfitrião, mesmo que distante o suficiente para continuar sem enchergar seu rosto.

—Hum — pigarreou — boa noite...

— Boa noite. Espero que tenha sido bem tratado aqui, hum? — deu um gole em sua bebida escura e pos a taça de volta ao lugar.

—Ah sim, fui. — assentiu com a cabeça.

— Eu sinto muito por seu amigo, a propósito — sua voz possuia um tom reconfortante e melancólico.

— Meu amigo? Ray? Ele? — subitamente levou as mãos  a boca, em choque.
Como se o misterioso homem tivesse apertado um interruptor em sua mente, lembrando-se de seu amigo e seus últimos momentos com ele.

Como posso ter me esquecido disso, Deus!?

Sentia como se um grande e impiedoso fio de arame farpado se prendesse ao seu pescoço.

A respiração falha e o coração batendo mais rápido que o comum também se fizeram presentes ali.

Mal pôde conter suas lágrimas e mãos trêmulas.

Queria se jogar em algum canto escuro e chorar pelo resto da noite.

Quanto mais audível seu pranto parecia, maior era a vontade de vomitar tudo que tinhaa em seu estômago.

Soluços chegaram, ah sim, os soluços.  Considerava a pior parte de uma crise.

Imagens do que aconteceu passsavam pela cabeça de frank, como um filme de terror em ótima definição.

—Você está bem? — Way se sentiu burro por perguntar aquilo e logo pediu para que trouxessem uma água com açúcar para o menor.
— Eu sinto muito, eu realmente não imaginei que a amnésia houvesse apagado tanta

—Para... para onde ele foi levado ? —interrompeu o menor

— Cuidei do que era preciso, não se preocupe com isso, certo? A família pôde o enterrar dignamente.

O menor abaixou a cabeça e a balançou, se negando a acreditar que seu amigo realmente partira e ele ao menos pode se despedir; ir ao enterro, ou confortar sua família.

—Eu só... — passou as mãos pelas próprias maçãs do rosto — preciso ir pra casa.

— Eu entendo, completamente — assistiu o mordomo trazer a água para o jovem a sua frente, que segurava o copo com mãos  frágeis.— mas acho que não será possível no momento.

O copo de vidro escorregou da Mão de frank, caindo na mesa e espalhando o líquido por toda parte.

—Como não? — Interrogou na defensiva.


—Você sabe o que foi que matou seu amigo, certo? — o menor meneou com a cabeça meio inseguro. — Essa mesma coisa te mordeu, e tive que tomar... medidas. No entato, só terei certeza da eficácia durante a próxima lua cheia, e até lá você deve ficar aqui.

—Isso é a porra de um sequestro? — apoiou as mãos com força na mesa, se levantando bruscamente.

Way não se intimidou, na verdade se preocupava que o movimento brusco feito pelo menor — contando com sua fraqueza atual — pudesse o derrubar.

Se levantou calmamente, ficando em uma perfeita postura.

O candelabro sobre a mesa ainda não mostrava seu rosto, entretanto Frank reparou que o homem possuía uma estatura perceptivelmente maior que a sua.

Não pretendia entrar em uma luta corporal, mas era necessário procurar estratégias para caso acontecesse.

Caminhou em sua direção com seus sapatos lustrosos batendo no piso.

—Não, não é. — disse, pegando uma garrafa de vinho em frente ao menor e o servindo.

Abaixou levemente sua cabeça, sua face finalmente sendo exposta pela luz.

Os olhos de Frank se perderam nos seus.

Seu nariz fino e arrebitado combinava com o restante de seus traços delicados, como uma obra de porcelana, intocável, imaculada. Seus lábios rosados por seja lá o que  bebia anteriormente, se curvaram em um discreto sorriso piedoso de canto.

Logo a visão monumental foi indignamente atrapalhada por uma mecha escura de cabelo, na qual o homem — mais novo que o esperado —  passou para trás da orelha, em um gesto quase delicado.

Voltou para sua cadeira ao final da mesa, observando um Frank ainda abismado — ou melhor, hipnotizado — por sua beleza.

—Bebe, e tenta relaxar. — instigou levantando uma das sobrancelhas e tomando um gole de sua bebida.

Não que Iero tenha visto isso, afinal, novamente a iluminação atrapalhava sua minuciosa análise sobre o maior.

Por medo de parecer um bobo, volou a se sentar corretamente, em silêncio e tomou um gole — hesitante — da bebida.

—Sei como é difícil  perder quem ama.— uma expressão triste apareceu, mas foi igualmente ocultada.

Os braços tatuados se crusaram, descansaram sobre a mesa, e logo serviram de apoio para a cabeça do Jovem.

O cansaço mental, causado pela carga de todas palavras ditas anteriormente pesaram nos ombros de Frank. Esse, que só queria poder chorar e receber tapinhas nas costas de seu melhor amigo.

Ray havia morrido, porém seu amigo que sentia como se houvesse sido enterrado em seu lugar, ou melhor: preferia que estivesse realmente a 7 palmos da terra ao invés do amado e querido cacheado.
 
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Boa noite meus dengos, tudo bem?
Esse capítulo em específico é importante pra trama mas eu particularmente odiei ele.

Acho que faltou um bom desivolvimento e emoção, mas toda vez que eu tentava fazer algo, me batia um sono e eu desistia de escrever, então cada parágrafo, praticamente foi escrito em um dia, deixando tudo meio desconexo, então desculpas antecipadas.

Fora isso, nada ( tem os erros de digitação também, mas isso é papo pra depois)!

Eu quero o feedback sincero cru de vocês, é importante, sem dó!
Kkkkkkk enfim! Um beijo e vão dormir cedo!!!!!🫂💋💜
Musiquinha de hoje (cena do Way sorrindo com dó pro Frank) :



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