Get your fangs out of here

Capítulo 10: despedidas

Os lábios de Iero já estavam completamente inchados depois de certo tempo em troca de beijos com Way.
Cobiçou isso por tanto tempo, daria valor a cada segundo daquele momento.

Mesmo com seu autocontrole em relação à sua fome, Gerard não resistiu a deixar  marcas no pescoço do menor, gostava da tortura de não poder drená-lo.

Ainda estavam na sacada,  Frank sentado sobre a mureta com o vampiro entre suas pernas o segurando pela cintura.
Quando maior o agarrou, deslocando-os para  o interior quente da mansão, derrubando de propósito com o cotovelo as coisas que estavam em cima do móvel perto da parte interna da porta, para dar lugar ao corpo grudado ao seu.

O cheiro do menor  enlouquecia a bela criatura aos poucos
Só repararam o quão longe estavam indo ao passar suas mãos geladas por dentro da blusa do menor, que em contato com sua pele quente soltou um arfar alto, e puxou seu cabelo — trazendo seu pescoço para trás— e finalmente desconectando suas bocas, que insistiam em se encontrar como um imã.

—Acho melhor irmos devagar, hum?— passou a mecha da franja do mais velho por trás da sua orelha, visualizando melhor seu rosto completamente enrubescido.

Gerard concordou com cabeça e selou os lábios aos dos rapaz rapidamente antes de descê-lo do móvel.
—Posso te acompanhar até seus aposentos?— disse em um tom sexy quase brincalhão
Iero riu da sua forma de falar e assentiu, passando o braço por sua cintura e apoiando sua cabeça em seu ombro.

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Mais uma vez, durante  a madrugada, o amigo falecido de Frank o visitou, trazendo consigo a mesma brisa fria de sempre.

" Porra Frank, isso é se afastar? Hein? "  socou a  cômoda e empurrou o jarro de cravos ali posto, derrubando-o e espalhando cacos, água e pétalas pelo assoalho de madeira nobre.

—Mas que porra, Ray! - se levantou da cama já irritado, já estavam alguns minutos naquela discussão nada tranquila.

— O que  queria que eu fizesse, hein!? Mentisse pra ele? Falasse que não sentia o mesmo!? Vai se fuder!— gesticulou
O fantasma passou a mão pelos cabelos  cacheados e se apoiou no móvel recém agredido.

"Sei lá! Qualquer coisa que não fosse enfiar a porra da sua língua na boca dele! Eu já disse, você precisa dar fim nele!”

— Enloqueceu de vez, Raymmond!?

Iero voltou sentar na cama e pôs as mãos na cabeça segurando as lágrimas de angústia.

Alguns segundos se passaram, até Ray soltar um suspiro de redenção e se sentar ao lado do tatuado mesmo que com certa distância.

"Só... vai embora desse lugar. " Sua voz agora não carregava  raiva, era mais como um sermão  de pai.
E logo em seguida a brisa fria se foi, com Frank sendo tomado por um sono incontrolável.

…

Assim que acordou, Iero decidiu a seguir à risca os conselhos do amigo mais velho.
Já era hora de voltar para casa e encarar sua realidade— de verdade, dessa vez.

A notícia de sua deixa foi passada à Robert e consequentemente ao seu chefe, que lhe pagaria uma viagem de charrete até Londres.

O Vampiro decidiu não se despedir pessoalmente.  Despedidas eram sempre dolorosas, para o que quer que fosse.
Não passava de meio-dia quando Iero esperava na porta junto a sua pequena bagagem de mão, prestes a deixar o magnífico castelo que o abrigou por alguns dias.

Fazia frio o suficiente para que o rapaz pensasse várias vezes sobre querer realmente enfrentar as baixas temperaturas durante quase três horas para voltar para seu apartamento com um péssimo sistema de aquecimento, diferente do clima aconchegante da casa de Way.
A demora do charreteiro foi uma pequena ponta de esperança em passar mais uma noite ali, que foi quebrada ao ouvir os primeiros trotes dos cavalos contra o chão ainda coberto pelo tapete branco natural.