6 - Hora de Crescer

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Willy Wonka estava surtando descontroladamente com a demora de Amélia, ele sentia que algo não estava bem

— Ele disse para onde a levou? — Perguntou para Nancy

— Não, ele só disse que iria levá-la a um lugar que queria mostrar para ela

— Preciso do telefone da casa dele, você tem?

— Eu tenho — Respondeu Carlos, o marido de Nancy e Willy pulou para o telefone e ligou para a casa dos Niax, uma empregada atendeu, ele disse, tentando controlar o desespero na voz, que Antony tinha levado sua noiva para um lugar e precisava saber que lugar era esse por que estava demorando muito, a criada disse exatamente onde era o jardim para onde Antony "levava as vítimas dele"

— Você disse vítimas???

— Ah, não, desculpe, eu quis dizer amigas, senhor, foi isso, para onde ele leva as amigas dele — Willy desligou e telefone e iria correndo até o local, mas Nancy o interceptou

— Vamos de carro, eu dirijo — Ela disse e eles foram a altas velocidades até o jardim, Willy saltou do carro e entrou no local pulando a cerca e gritando o nome de Amélia, percebeu a entrada de um labirinto. Amarrou uma corda em uma árvore ali perto e se adentrou ao labirinto chamando por Amélia.

Amélia estava fugindo a mais de uma hora de Antony que sempre gritava que ela não iria conseguir sair dali sem ele, ela se sentia como uma oferenda em um conto do minotauro e que a qualquer momento o minoaturo iria  devorá-la, ela estava com muito medo e chorava muito. As vezes chegava muito perto dele a encontrar e ela acreditava que não escaparia dali, nem que seu sobrenome significasse alguma coisa, ali ela era apenas uma garota indefesa em um labirinto sendo perseguida por um maníaco.

— Aí está você! — Ela olhou para trás e viu Antony, ela correu, mas ficou encurralada — Não tem para onde correr, não é? Não se preocupe, eu sei o caminho para fora daqui

— Fica longe de mim, por favor... Por favor, eu imploro... - Ela pediu chorando 

— Ah, você é muito bonitinha pra eu deixar passar... Mas não se preocupa... Não vou me demorar — Willy ouviu os gritos de Amélia e soube onde ela estava, então correu e quando viu ela lutando com Antony, não viu mais nada. Uma hora ele estava vendo aquilo e no momento seguinte estava usando a corda para enforcar o filho do marquês

— WILLY PARA! EU NÃO QUERO QUE VOCÊ VÁ PRESO! POR FAVOR! EU NÃO QUERO TER QUE TE VISITAR NA CADEIA TAMBÉM!!! — Amélia precisou se esgoelar para que Willy poupasse a vida de Antony, mas quando ele o soltou no chão, caiu sobre ele desferindo inúmeros socos, até que o rosto de Antony estivesse desfigurado. Amélia ficou muito nervosa — Para com isso! Eu nunca vou te perdoar se você for preso! Já basta o meu pai! Ou você quer dividir a cela com ele? — Willy parou por um instante refletindo

— É, eu acho que esse é um ótimo argumento — Nesse momento Nancy chegou preocupadíssima e a sobrinha a abraçou

— Ah minha querida, não fazíamos ideia de que ele era assim, jamais teríamos deixado você sair com ele

— Parece que a nobreza é mais podre do que parece... E ela já parece muito podre — Disse Willy sombrio, se levantando e dando um último chute em Antony

— Vocês tem que deixar Kent nas próximas duas horas — Disse Nancy — Se fizerem isso conseguiremos abafar esse caso e você não vai a julgamento

— Ele tentou violentá-la e somos nós quem temos que fugir?

— Senhor Wonka, entenda... A nobreza mata e manda para a cadeia o cadáver... Saiam de Kent o quanto antes e não terão que responder por isso — Ela apontou para Antony agonizando no chão. Willy segurou a mão de Amélia que olhou para ele com os olhos ainda vermelho de tanto chorar. Ele queria muito voltar e triturar Antony com as próprias mãos, mas teve que se controlar, limpar as lágrimas de Amélia e dizer

Doce MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora