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Enquanto Kelvin caminhava pelos corredores da mansão, ele se deparou com um homem gordo, baixo, com cabelos grisalhos, segurando uma prancheta enquanto supervisionava a equipe de limpeza da casa.

Os dois se esbarraram pelo corredor, e o menor arregalou os olhos com a pequena tropeçada que o homem mais baixo deu.

"Desculpe-me, eu não estava prestando atenção por onde estava indo", disse Kelvin, seu rosto corando levemente de constrangimento.

O homem, sorriu calorosamente e acenou com a mão, dispensando a preocupação.

"Não se preocupe, jovem. A mansão pode ser um labirinto às vezes", disse ele, sua voz calma e amigável.

"Meu nome é Kelvin" o menor se apresenta rapidamente com um sorriso maroto em seus lábios.

"Eu sei..." Zeza fala sorrindo nasalmente "eu sou o Zeza"

Curioso sobre o papel de Zeza na casa, Kelvin sorriu pequeno e falou baixo.

"Você trabalha aqui há muito tempo?", perguntou ele, observando a prancheta nas mãos de Zeza.

O mais velho assentiu, seu sorriso se alargando um pouco. "Sim, sou responsável pela equipe de limpeza há mais de uma década", explicou ele. "Eu sei de todos os cantos desta casa como a palma da minha mão."

"Eu acabei de chegar. E já fui tratado mal pelo seu patrão" Kelvin comenta, cruzando os braços com um bico, como uma criança contrariada. 

"Ramiro pode ser um desafio, sem dúvida", disse Zeza, seu tom tornando-se mais sério. "Mas no fundo, ele é uma pessoa boa. Ele tem suas exigências, mas é justo quando se trata de seus funcionários."

Kelvin assentiu, absorvendo as palavras de Zeza. Apesar dos obstáculos que enfrentara desde que chegara à mansão, ele sentiu um pouco de alívio ao ouvir que havia pessoas como Zeza que trabalhavam duro para manter as coisas funcionando suavemente.

E com uma nova compreensão da dinâmica da casa, ele continuou seu caminho pelos corredores, logo encontrando um homem magro, pele clara, barba rala e uma feição preocupada.

"Kel, meu amigo!" exclamou Caio, estendendo a mão em um gesto caloroso. "Que prazer te ver aqui na mansão."

Kelvin estendeu a mão para cumprimentar o outro, mais calmo com a energia conhecida que o homem irradiava.

"Olá Caio", respondeu ele, sorrindo. "Como você está? Já está sabendo que vou trabalhar com Ramiro?"

Caio assentiu com entusiasmo, seu sorriso se alargando ainda mais. "Ah sim, Ramiro falou", disse ele "Estava procurando por você. Ramiro me mandou você ir tomar o café da manhã e eu sabia que você estava por aqui em algum lugar."

Kelvin riu com a maneira descontraída e brincalhona de Caio, ambos se conheciam a alguns anos, pois o outro, assim como Ramiro, era dono da joalheria do pai de Kelvin.

"Bem, parece que nos encontramos na hora certa então", disse ele, apreciando a leveza da conversa.

Ambos conversavam animadamente, enquanto caminhavam em direção a cozinha; E Ramiro observava silenciosamente pela fresta da porta de um dos quartos do corredor, sua expressão revelando pouco sobre seus pensamentos.

Depois de compartilhar o café da manhã na cozinha, na agradável companhia dos funcionários da casa, todos conversavam animadamente sobre diversos assuntos, desde histórias engraçadas até planos para o futuro. A atmosfera era leve e descontraída, e Kelvin se sentia cada vez mais à vontade na casa.

Enquanto terminavam a refeição, Caio olhou para o relógio e fez uma careta exagerada.

"Bem, parece que é hora de eu voltar para a empresa", disse ele, levantando-se da mesa. "Os fornecedores provavelmente já estão impaciente."

The Rose (Kelmiro au)Onde histórias criam vida. Descubra agora