002.

36 7 11
                                    

Escuto a Pansy cantarolar alguma música aleatória enquanto toma o seu banho. Avisto o relógio em cima da cômoda e vejo que ainda falta um bom tempo para a festa. Deito-me na minha cama novamente e tento colocar os meus pensamentos em ordem, ultimamente eles estão bem embaralhados.


É domingo, e eu odeio os dias de domingos. O dia sempre passa mais devagar, logo, mais tedioso ele fica.

Neste meio tempo, sinto a minha barriga reclamar de fome, mesmo não querendo, decido levantar da minha cama enquanto informo a Pansy sobre a minha saída, avisando-a sobre a chegada da Gina, explicando que a garota pode aparecer a qualquer minuto. Saio do quarto após escutar o seu grito de confirmação.

Estou andando pelos corredores quando sinto o meu corpo sendo puxado para uma sala qualquer. Meu corpo reagiu de modo instantâneo e piso com força no pé do meu possível sequestrador, conseguindo arrancar o seu gemido de dor.

— Isso dói, gatinha. — O meu "sequestrador" choraminga e eu sinto as batidas do meu coração se acalmarem.

— Na próxima vez, eu acerto as suas bolas, Fred. — reclamo, ouvindo um "desculpe" em forma de sussurro. — Não pode falar comigo normalmente não? E cadê o seu irmão?

— Mas assim não tem graça. — Ele gargalhou e me soltou de seu aperto. — E eu não vivo colado com o meu irmão...

Cruzo os braços e forço um contato visual. Ele suspira e levanta as mãos como forma de redenção.

— Certo, ele está bem ali. — Olho na direção que ele apontou e encontro o George sentado em uma velha mesa de professor, sorrindo abertamente. — Francamente, nem a nossa mãe consegue nos diferenciar.

— É fácil ver quem é o cara de pau. — comento, o Fred coloca uma mão em seu peito, insinuando que eu havia o machucado com as minhas palavras. Apenas reviro os olhos e vou até o George, abraçando-o. — Está bem?

— Estou sim, apenas cansado com os trabalhos. — Ele retribui o abraço. — Mas e você? Ouvi a Gina reclamando do seu sumiço essa semana.

— Eu estou bem, apenas estressada. — resmungo, afundando o meu rosto em suas vestes. — E eu não sumo tanto assim...

— Eu imagino. — O George passa a sua mão em meu cabelo.

— Além disso, nós podemos te fazer desestressar rapidinho. — O Fred grita do outro lado da sala, saio do abraço do George e olho para o Fred.

— É estranho ouvir isso de quem já me estressa. — rio de sua carranca.

— Tá vendo, George? Eu tento ajudar e só recebo pedrada em troca. — Ele suspira. — A sua sorte é que eu perdoo mulher bonita.

— Oh, então eu sou bonita? — pergunto, dando um sorriso de canto e sentindo George empurrar o meu corpo contra o seu novamente, abraçando-me mais uma vez.

— Eu não disse que te perdoei...— Fred cantarola, fazendo um assobio em seguida. Fecho a cara e mostro o meu dedo do meio. — Estou brincando, gatinha.

— Era sobre isso que eu falava quando dizia que você me estressa, idiota. — resmungo brincando, saindo mais uma vez do aperto de George e indo para a saída da sala. — Estou indo para o refeitório. Beijinho na bochecha de cada um!

— Por que na bochecha? Que coisa do passado...— Fred resmunga e cruza os braços, mas logo sua boca se curvou num sorriso. — Sabe, antes de você ir...eu estava pensando em um negócio aqui.

𝐇𝐨𝐨𝐤𝐞𝐝 | 𝐌𝐚𝐭𝐭𝐡𝐞𝐨 𝐑𝐢𝐝𝐝𝐥𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora