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— Você não deveria ir. — A Luna me avisa com os seus olhos pregados em mais um de seus projetos. — Você sabe. Não vale a pena ir assistir um jogo por causa de um boato idiota.

Eu continuo escutando as advertências da Luna enquanto visto a minha camisa branca.

— Estou saindo! — saio do quarto após me despedir, ando com passos rápidos até o local que eu marquei para me encontrar com os gêmeos.

Os dois estão concentrados no celular, porém guardam os aparelhos ao notarem a minha presença. Abraço ambos igualmente e seguimos para o enorme campo, este que eu imagino que já esteja lotado.

— Vamos sentar na frente. — O Fred fala um pouco mais alto por conta dos gritos dos alunos.

— É impossível! Já está lotado! — grito de volta, mas em troca, apenas sinto a minha mão ser puxada. Em poucos minutos, eu e os gêmeos nos encontramos sentados na primeira fileira. — Como?

— Eu dou o meu jeito. — Sorrio com a pisadela do Fred e começo a conversar com os gêmeos para descontrair um pouco.

Em poucos minutos, as arquibancadas já se encontravam totalmente cheias. Não entendo o motivo, mas sinto o meu coração inquieto, percorro os meus olhos pelo grande campo com o intuito de saber o que seria aquilo que está me incomodando, mas por algum motivo, fiquei mais desapontada ainda depois de olhar ao redor.

— Amélie? Você está me escutando? — Desligo do meu transe quando o George estala os seus dedos na minha frente.

— Desculpe, não estava.

— Estava falando sobre o jogo, ele já vai começar. — Eu aceno com a cabeça, olhando os jogadores entrando em campo, porém os meus olhos se fixaram apenas em um jogador: Simon.

Tiro ele dos meus pensamentos e foco na Gina, capitã do time da grifinória, ela sempre fica deslumbrante quando adentra com o seu rosto sério. O Simon começa a vasculhar pela multidão, acredito que esteja procurando a nova namorada, mas de repente sinto os seus olhos em mim.

Ele mostra um pequeno sorriso, admito que o meu coração bateu um pouco mais forte do que deveria, mas fiz questão de ignorar e desviar o meu olhar.

O apito soa.

O jogo passa normalmente, tanto a grifinória quanto a corvinal estão se mostrando determinados no campo. É possível ouvir os xingamentos da Ginny daqui, a garota odeia perder mais do que tudo.


Passa apenas uns trinta minutos e a grifinória marca o primeiro ponto. A torcida da corvinal reclamou em alto e bom som, mas nada foi resolvido e o jogo continuou rolando. De vez em quando eu paro de prestar atenção no jogo para ficar conversando com o George, considerando que o Fred nos abandonou quando resolveu sair no começo do jogo para se fundir com uma corvina.

O jogo acabou. Por não ser um jogo oficial de torneio, a duração é de apenas trinta minutos, quinze no primeiro tempo e quinze no segundo. Antes que eu possa piscar, consigo ver a Cho correndo no campo e abraçar com força o Carl, eu decido me levantar e ir embora para poder evitar de ter uma hemorragia de ódio. Mas antes de chegar na saída, o Simon aparece de repente na minha frente.

— Você...você veio me ver jogar? — Ele pergunta meio receoso, mas é possível ver o brilho em seus olhos.

— Não.

Consigo sentir uma pontada de desapontamento em seu rosto, porém o sorriso não vacila em nenhum momento. Em um gesto rápido, ele se aproxima mais de mim.

— Sabe...eu fui um idiota antes e assumo que a culpa foi minha, eu sei que mereço todo o seu desprezo, mas está muito difícil sem você.

Sinto o meu coração vacilar por poucos segundos. Eu odeio ser emotiva, odeio muito.

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⏰ Última atualização: Jul 21 ⏰

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𝐇𝐨𝐨𝐤𝐞𝐝 | 𝐌𝐚𝐭𝐭𝐡𝐞𝐨 𝐑𝐢𝐝𝐝𝐥𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora