Mulher de preso

Capítulo 6

Para dias ruins maratona de channing Tatum.

É tudo o que eu queria e pensava quando levantei da minha cama nesse sábado, então me arrastei para a cozinha onde peguei uma latinha de energético e um salgadinho de pacote antes de me arrastar de volta para meu cobertor.

Para dias de chuva, crepúsculo, mas o tempo não estava frio ou nublado.

O que me mantém coberta é o ventilador no máximo bem no meu rumo.

Eu sempre gostei do channing, pra mim não tem um único filme ruim quando ele está no elenco, mesmo que não seja como protagonista.

Ele cativa, é bonito, dança, luta, joga basquete, joga futebol e eu poderia ficar aqui elogiando para sempre se preciso.

Mas apenas apertei em coach carter, um dos meus filmes favoritos nessa vida.

O filme mal havia começado quando meu celular tocou, desde aquele dia não deixo que chame mais de uma vez antes de atendê-lo.

Suspirei vendo o contato salvo que mais tem me amedrontado nos últimos meses.

— Oi mãe, tá de madrugada.

— Apareceu aqui que você tava na internet, então pode falar com a sua mãe.

— Claro que posso, é que eu já estava vindo deitar.

— Seu irmão tá aí?

Engoli em seco.

— Mãe, eu já disse que ele não vem muito em casa. Mas quando vier peço pra que ligue pra você.

— Você diz isso desde que foi morar com ele.

— A gente já imaginava o quanto ele estava envolvido, não mudou muito.

— Você e a Paloma usam o mesmo discurso todas as vezes que eu tenho notícias de vocês, isso porque preciso ligar.

Pausei o filme.

— Espera, Paloma?

— É, ela tem me ligado, você não me disse nada sobre seu irmão estar casado. Você fala como se ele fosse um viciado e ele está construindo uma família.

Puxei debaixo da cama uma caixa com a pasta de fichas, fichas de todos os nomes que meu irmão já havia citado para mim com todas as informações que pude conseguir nesse ano.

Coloquei no viva voz e enquanto ela falava meus dedos e olhos trabalhavam com pressa, até que eu a encontrei.

Paloma costa, irmã do Aranha.

— Mamãe eu tô com sono, ligo depois, te amo — Encerrei sem dar tempo para que ela se despedisse.

Arrastava aquele guarda roupa tantas vezes que nem sentia mais o peso dele, uma nova foto foi colada.

Um post it de "irmão ciumento?" E um de "possível romance" foi colado.

— Você passa informações pra minha mãe, Paloma, mas onde as consegui? Onde você tá na verdade?

Me recordei das vezes que seu nome foi citado, mas a garota de luzes no cabelo e piercing na língua por mim nunca foi vista.