cap: 1. menino idiota

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Eliza Reis

Abri os olhos acordando ao som do alarme.

Eu odeio esse som.

Olho pro alarme que fica do lado da minha cama.

07:00am

Mesmo com preguiça levanto, vou até o banheiro, escovo os dentes e tomo banho

Hoje é meu primeiro dia de aula em uma escola nova. Eu tô com medo de começar numa escola nova, eu queria tá com os meus amigos na escola antiga.

Eu só aceitei mudar de escola e de pais pela minha mãe, não fazia bem pra ela aquela vida, e que bom que ela tá superando tudo.

Se você tá se perguntando do que eu tô falando, resumindo era eu, minha mãe, meu irmão, e meu pai, mas o meu pai batia na minha mãe.

E ela demorou muito tempo pra superar, e não fazia bem ainda tá naquela cidade, ela ainda tinha e tem medo dele.

Mas agora tá tudo bem, e a gente tá recomeçando.

[...]

agora são 07:45. E eu tô descendo as escadas, depois de ouvir vários gritos da peste do meu irmão me apressando.

Mas pelo amor de Deus a aula só começa de 08:10 e leva 10 minutos pra chegar lá, não sei pra que essa pressa toda.

- nossa, graças a Deus você desceu, achei que tinha morrido já- falou enquanto se levantava da cadeira cruzando os braços

- Gabriel pelo amor de Deus, falta 20 minutos pra aula começar, a gente não tá atrasado.- falei como se fosse óbvio.

- tá mais eu quero socializar antes da aula começar né.

O Gabriel é bem social, mais do que eu pelo menos.

- aí tá bom Gabriel bora logo, se não aí que a gente vai atrasar mesmo.- falei abrindo a porta e saindo sendo seguida pelo Gabriel

[...]

A gente chegou na escola. Eu tô muito nervosa, mas eu não tenho muita opção além de estudar.

Na verdade, virar agiota, vender drogas, ser vagabunda... até que tem bastante.

Eu tava examinado o lugar e tava tão distraída fazendo isso que não percebi que tinha alguém na minha frente e acabei esbarrando.

eu bati a cara nas costas de alguém, meu deus que vergonha, e agora?

Será que ainda dá tempo de eu voltar pro Brasil?

A pessoa se virou pra mim era um menino de mais ou menos 16 anos com com cabelo castanho claro quase loiro, olhos castanhos, e era bem alto.

- ah desculpa, não te vi - falei mesmo com vergonha

-olha por onde anda garota - falou com cara fechada

- eu já pedi desculpa idiota - também fechei a cara pra ele.

- você esbarra em mim e ainda me chama de idiota? - falou sarcástico agora com um sorriso de lado - meu deus - antes que eu pudesse responder ele entrou na escola.

 Amor no ódio.Onde histórias criam vida. Descubra agora