CAPÍTULO UM:
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Fulga.─ Sua mãe vai nos matar. ─ Embry Call choramingou, enquanto ajudava Helena Uley a pular a janela de seu quarto.
─ Minha mãe está no vigésimo sono agora, se você calar a boca e me ajudar mais rápido, ela nem vai perceber! ─ Sussurou a garota fazendo o mínimo de barulho possível ao passar suas pernas para o lado de fora.
Embry suspirou, se calando e apenas a pegou no colo o mais silenciosamente possível e a pôs no chão. Helena se virou encostando sua janela, para não correr riscos, então pegou a mão do melhor amigo e o puxou consigo para longe da casa.
─ Eu não sei porque ainda embarco nessas suas loucuras. ─ O Call resmungou ofegante, quando já estavam longe o suficiente. ─ Se a minha mãe descobrir que fugi de casa eu tô ferrado.
─ Para de reclamar, Embry! Todo mundo tá naquela festa, até o Sam! ─ Helena deu um peteleco na cabeça do garoto, que alisou o local encarando-a indignado.
─ É, "todo mundo" ou o Paul? ─ Provocou o garoto, ciente da enorme cachoeira que a Uley nutria pelo Lahote desde que se entendiam por gente.
─ Quem é Paul? ─ Riu nervosa. ─ Olha, vamos logo antes que essa festa acabe! ─ Ela voltou a puxá-lo, dessa vez, floresta a dentro.
Tudo bem, 13 anos não era bem uma idade adequada para estar em festas ou correndo atrás de uma paixonite de infância ─ que Embry não ouça seus pensamentos ─ mas realmente, todos estariam lá, inclusive sua melhor amiga Grace, e óbvio, uma festa é uma ótima oportunidade de encontrar Paul Lahote.
Não havia perigo algum na reserva, eles estariam seguros. Por que não ir?
─ Acho que estamos chegando. ─ Helena murmurou animada ao ouvir o som da música aumentando a cada passo que davam.
Embry enfim se rendeu, se estava ali, iria se divertir. Essa seria sua primeira festa e provavelmente a última por um bom tempo, caso sua mãe viesse a descobrir sua pequena fulga.
Ao passar pelos adolescentes na clareira, Helena e Embry atraíram alguns olhares, afinal, eles eram apenas pré-adolescentes no meio de um bando de jovens de 16 anos para cima. É claro que haviam alguns penetras assim como ela, seus melhores amigos e Paul.
─ Viu alguém que a gente conhece? ─ Perguntou próxima ao ouvido de Embry.
O Call sentiu um arrepio e um frio estranho tomou conta do seu estômago.
─ N-não. ─ Respondeu o garoto, olhando para qualquer lado menos para ela.
Helena franziu o cenho, estranhando sua reação mas apenas deu de ombros e deixou o assunto de lado. Não tinha muita coisa que eles poderiam fazer ali além de dançar, já que não poderiam e nem queriam beber nada, e a Uley duvidava que tivesse qualquer coisa sem álcool no lugar, além de água.
─ Helena? ─ Ela sentiu uma mão no seu pulso e se virou vendo Leah, namorada do seu irmão. ─ O que faz aqui? Se o Sam te ver...
─ Não conta pra ele, por favor! ─ A garota implorou, usando sua melhor face de cachorro pidão.
─ Então acho melhor você sair daqui antes que ele volte. ─ Leah apontou para a direção em que o namorado havia saído para buscar algumas bebidas.
─ Obrigada! Você é a melhor! ─ Helena deixou um beijinho na bochecha da garota antes de pegar Embry e ir para direção contrária em que seu irmão estava.
─ Estou me sentindo como um acessório com você me puxando para todo lado. ─ Reclamou o Call.
─ Juro que dá próxima vez venho sozinha. ─ Helena rolou os olhos.
Embry freou de repente, fazendo com que a Uley também parasse.
─ Não tô falando sério, Embry, relaxa. ─ Ela abanou a mão em desdém.
O Call se virou para a garota, cobrindo praticamente toda a sua visão do lugar.
─ O que foi? ─ Questionou confusa.
─ Acho melhor a gente ir pra casa. Ou sei lá, só sair daqui, né? Tá chato. ─ O garoto parecia suspeito demais.
Helena semi-cerrou os olhos, erguendo uma sobrancelha em questionamento.
─ Não? ─ Sorriu empurrando o garoto para o lado apenas para por os seus olhos na pior cena que uma pré-adolescente apaixonada poderia ver: há alguns metros, afastados, encostados em uma árvore, estavam sua melhor amiga Grace, e Paul, sua primeira grande paixão, aos beijos.
A Uley sentiu o jantar revirar no seu estômago com a cena. Ela ficou parada por quase três minutos, eles não paravam, foi uma cena horrível e traumatizante, ela diria. Embry não sabia o que fazer, não tinha coragem nem de assumir seus próprios sentimentos, como poderia ajudá-la?
Então, depois de longos e torturantes minutos, ela apenas se virou para o Call, como se nada tivesse acontecido.
─ Vamos embora, tô cansada. ─ Ela pediu, sem emoção alguma na voz.
─ Você tá bem? ─ Pergunta idiota! Embry se repreendeu assim que a pergunta deixou seus lábios.
Helena deu de ombros.
─ Só com sono. Não deveríamos ter vindo. ─ A garota forçou um sorriso começando a andar para longe.
Embry correu para alcançá-la.
─ Helena? O que fa- ─ Sam estava preparado para dar uma bronca na mais nova, mas ela nem ao menos olhou para ele quando passou rumo a trilha que os levaria de volta para casa.
─ Desculpe ter te tirado de casa para nada. ─ Helena pediu a Embry assim que chegaram em frente a casa da Uley.
─ Tudo bem. ─ Embry sorriu fraco. ─ Passar um tempo com você sempre vale apena.
Helena sorriu, lhe dando um beijinho na bochecha como despedida.
─ Até amanhã, Call.
No aconchego do seu quarto, debaixo das suas cobertas, Helena derramou as lágrimas que segurara desde que vira aquela cena. Idiota! Idiota! Idiota! Se xingou mentalmente. É claro que se interessar por um dos garotos mais galinhas da reserva só poderia resultar em um final como esse.
Sem revisão.
Relevem os erros ortográficos.Primeiro capítulo.
Já começamos assim kkkk
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𝐖𝐄𝐀𝐊 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 ┃𝐏𝐚𝐮𝐥 𝐋𝐚𝐡𝐨𝐭𝐞
Fanfiction𝐖𝐄𝐀𝐊 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 ┃❝Helena Uley jamais admitiria aquilo em voz alta, mas, Paul Lahote sempre foi o seu ponto fraco.❞ Após dois anos longe, Helena Uley está de volta a reserva de La Push. A Uley estava convicta do seu amadurecimento, tanto física...