Capítulo 2

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- Você só pode estar enlouquecendo..

- Oh, posso garantir que não. Qual o problema de eu querer ter filhos? Seria uma ótima ideia encher este vasto palácio com pequenos demônios.

- Não tente bancar o paizão. Você só quer herdeiros para enraizar seu direito no Inferno. Uma jogada politica.. muito esperto.

- Você me conhece tão bem.. Mas não vamos preocupar nossas cabeças com isso hoje, acabamos de chegar de um belo casamento, por mim eu já te reivindicava agora mesmo. Mas não quero ser insensível.

- Vamos fazer um acordo. - Lúcifer se levanta da cama e fica de frente ao demônio do rádio.

- E qual seria, Majestade?

- Eu lhe dou um herdeiro e apenas um. Em troca você não vai mais me tocar. Vamos nos relacionar até eu engravidar e quando isso acontecer, você me deixará em paz.

- Certo. Eu ganho mais poder e você continua sozinho como sempre. Acordo fechado. - ambos selam o acordo com um aperto de mãos. - Vamos começar amanhã.

- Mas...


Antes que pudesse dizer algo, Alastor desapareceu nas sombras. Lúcifer estava com a vida nas mãos de outro demônio, não era sua amada Lilith ou sua filha, mas sim um Overlord temido e com fome de poder. Alastor era capaz de tudo.

Lúcifer se escondeu nas sombras de seu cobertor e chorou até perder a consciência.

Quando acordou, já era de noite. Um empregado batia em sua porta avisando que Alastor o aguardava na sala de jantar para comerem juntos. Lúcifer se levanta e avisa que não comerá pois não estava se sentindo bem.

Quando dispensou o empregado, Luci foi ao banheiro e encheu a banheira de agua morna com sais minerais e alguns patinhos, talvez isso o desse um pouco de alegria ou uma fuga da realidade.

Mesmo sendo Rei do Inferno, Lúcifer, particularmente nunca se sentiu no Inferno, mas parece que de agora em diante, sua vida seria um verdadeiro Inferno.


- Posso me juntar a você? - a voz de radio o assustou o fazendo puxar a toalha para si e se encolher no canto da banheira. Alastor tira a roupa e entra na agua morna. - Você pode vir um pouco mais perto, temos muito espaço.

- Prefiro ficar aqui.. - Lúcifer abraça as pernas.

- Por que não foi jantar? Pedi para prepararem seu prato favorito, jambalaya.

- Esse é o seu prato favorito e agora ele me dá náuseas. - Alastor se aproxima de Lúcifer e encosta na perna de Luci. - Não encosta em mim! - assim que ia sair da banheira, Alastor agarrou seu braço.

- Já é mais de meia-noite, nosso acordo está valendo. Eu poderia muito bem fazer isso aqui e agora mas estou vendo seu estado debilitado então vou deixar você ir. Mas amanhã, vamos começar.


Lúcifer puxa seu braço, e se cobre com a toalha e corre para fora do banheiro. Com um estalar de dedos, ele veste uma roupa e deita na cama abraçando seu patinho de pelúcia.

Alastor sai do banheiro já vestido, e apaga as luzes do quarto. Ele se deita atrás do pequeno corpo de Lúcifer e o agarra pela cintura para se abraçarem para dormir. Isso faz a respiração de Luci travar. O abraço estava apertado, possessivo demais para apenas dormir.



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Um Acordo Pra Chamar De NossoOnde histórias criam vida. Descubra agora