O caminho de volta ao Palácio foi silencioso. Alastor estava retornando de manhã bem cedo, as ruas estavam vazias e sujas como de costume.
Assim que Al entrou no palácio, foi direto para o quarto de Lúcifer. O mesmo foi encontrado ainda adormecido, pálido e com aparência cansada. Alastor se deitou ao seu lado e o abraçou. Ele não sabia como daria a notícia a Luci, ele não estava bem de saúde, mas também ficaria chateado por não ter sido comunicado.
Lucifer se mexeu e logo acordou dando de cara com Alastor o abraçando, com a cabeça apoiada em seu peito. Luci sorriu e acariciou as orelhas vermelhas.
- Onde estava..? Pedi para chamarem você, mas não o encontraram..
- Fui.. procurar uma cura para você.
- Você não desiste.. - Luci riu um pouco.
Alastor se levantou e ajudou Lúcifer a se levantar e ir ao banheiro, o anjo caído tinha poucas forças nas pernas e poderia cair a qualquer momento. Al o ajudou a retirar a roupa e lhe deu banho na banheira.
Lúcifer, não gostava de se mostrar fraco, inútil. Ele tinha sido chamado assim nos tempos em que era um anjo, e o pensamento nunca sumiu.
Quando retornaram para o quarto, e Alastor colocou Luci sentado na cama entre os travesseiros, ouviram um empregado entrar com uma bandeja de café da manhã.
- Vossas Majestades, eu trouxe o café da manhã do Rei Lúcifer. - diz Hick sorrindo levemente. A mente de Alastor estava inundada com o desejo de estraçalhar cada membro daquele demônio, um por um.
- Obrigado, Hick. - Lúcifer agradece e Hick coloca a bandeja em seu colo e o anjo caído sorri para ele. Quando o demônio sai do quarto, Lúcifer se prepara para comer o mingau quando Alastor tira de suas mãos e joga a comida pela janela. - Alastor! O que é isso?!
- Você não vai mais comer nada que ele trazer.
- Você enlouqueceu de vez? Eu preciso comer!
- Lúcifer você não entende!
- Se você está fazendo isso pelo que aconteceu entre eu e Hick, eu não vou entender!
Lúcifer olhou Alastor ficar nervoso e andar de um lado para outro no quarto. O ex anjo sabia que tinha algo errado, a mente de Al era uma armadilha, assim como a sua.
Luci se levantou devagar da cama e tentou andar até Alastor, mas acabou caindo no caminho. Al rapidamente pegou Luci e o colocou de volta na cama.
- Você precisa de ajuda. Sabe que não tem forças.
- O que tá acontecendo? Eu sei que você sabe, consigo ver em seus olhos. Você pode ser um mistério para todos, mas não para mim.
Alastor, de forma paciente, explicou tudo para Lúcifer. O anjo escutava atentamente, mas assim que Al parou de falar, ele escutava um agudo em seu ouvido, dentro de sua cabeça. A voz do demônio do rádio era ouvida distante.
Sua visão, a medida que tudo se encaixava em sua cabeça, foi escurecendo. Sua sorte era que estava na cama e Alastor conseguiu segurar sua cabeça para não bater na madeira do encosto da cama.
Ele ouvia Alastor gritar para os empregados chamarem o médico enquanto segurava seu corpo e pedia para Lúcifer ficar acordado.
Mas o anjo apenas viu um breu.
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Depois de 2 horas, Alastor viu os olhos de Lúcifer abrirem, e olharem o ambiente, confusos. Al se aproximou, se sentou ao seu lado e segurou sua mão.
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Um Acordo Pra Chamar De Nosso
Fiksi Umum"Charlie, posso falar com você?" "Claro, o que foi?" "Lembra daquele favorzinho? Nosso acordo." "Lembro, você quer ele agora?" "Sim." "O que você quer?" "....Me casar com seu pai."