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📍Rio de Janeiro - segunda-feira  -  08:34am - cemitério saudade.

Sophia Alice🌺

Pisquei o olho, olhei pro céu tentando evitar que mais lágrimas caíssem, voltei meu olhar para a minha prima e tia que estavam ao lado do caixão transparente.

Era difícil, muito difícil acreditar que ali dentro daquela caixa era Felipe ali dentro, meu amigo de infância, meu quase primo, o amor da minha prima.

Era pra ser uma segunda alegre, eles estariam agora no tão sonhado destino da Dhiovanna, Paris.

Mais não, ele tava morto e bom ela parecia morta por dentro também, era horrível aquilo.

Keylla:eles não mereciam isso - fala baixo - sabe o pior, nem saber quem causou isso.

CL:ainda, porque quando eu descobrir, vou matar com as minhas mãos - fala com raiva

Limpei minhas lágrimas, fui até meu pai que de alguma forma tentava consolar meu tio e só tive a reação de abraçar ele forte.

Sophia Alice:tô aqui tio, pode contar comigo.

Rei:obrigado, princesa - sorriu fraco

Fiquei do seu lado, queria de alguma forma passar conforto pra ele, eu sequer imagino a dor que ele tá sentindo.

A gente até levou ele no hospital, tentaram reanimar mais já era tarde, da onde veio o tiro não sabemos, mais eu sei que o alvo não era ele.

A cerimônia continuou, em nenhum momento nenhuma das duas mulheres sairam do lado do caixão.

As gêmeas e Mafê, estavam no mesmo estado, teve um momento que Maria Manuelly teve uma queda de pressão e precisamos socorrer.

O pior de tudo, foi quando abaixaram o caixão e jogaram terra, ali eu desabei real.

Abracei forte meu namorado, que se mantia forte, mais sabia que ele estava como todos nós.

Dhiovanna:volta amor, não me deixa - gritou - EU PRECISO DE VOCÊ!

Chorei mais ainda, as pessoas próximas olhavam com muita pena, acho que foi uma emoção tão forte que ela acabou desmaiando.

Como o velório já havia acabado, meus tios levaram ela embora é nos fomos pro morro.

Algo que nunca havia visto, um silêncio tremendo, tudo fechado e nenhuma criança na rua.

Estavam todos de luto, chegamos em casa rápido, tirei meu sapato e deixei na porta.

Sophia Alice:vou tomar um banho.

Gavião:vai lá, depois eu vou.

Assenti com a cabeça, o vi sentar no sofá e suspirar fundo, subi em direção nosso quarto.

Abri a porta e retirei o meu casaco, estava bem frio aqui no RJ, até parece que tudo e todos estão sentindo nossa dor.

Olhei pra cama e franzi a testa, ao ver uma caixa de presente bem grande e com um laço, olhei e vi meu nome no cartão que tinha ali.

Sophia Alice:amor! - chamei alto - sobe aqui.

Gavião:Tô indo - fala alto

Me aproximei da caixa, desfiz o laço e abri a tampa, soltei um grito enorme ao ver uma pomba branca morta cheia de sangue é uma foto da minha família toda ali, banhado de sangue e vi de relance um x na cara do Felipe.

Gavião:que aconteceu? Porque gritou? - entra ofegante - que porra é essa? - olha pra cama

Sophia Alice:não sei, já tava aqui quando cheguei.

Gavião:saí de perto.

Faço o que ele pede, Samuel pegou a foto na mão, embrulhou meu estômago só de eu ver aquilo.

Sophia Alice:o que tá escrito?

Gavião:avisa teu pai - diz sério - nossa guerra ainda não acabou...

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Boa noite .

Cometem e dem estrelinha.

Até o próximo.

Crias da maré Onde histórias criam vida. Descubra agora