➧︴𝗙𝗘𝗘𝗟𝗜𝗡𝗚𝗦 | 𝟬𝟭𝟭

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Segunda-feira, dia 14 de março.

Ele era uma tentação.

Como se o pecado sussurrasse em meu ouvido, me dizendo todas as piores vontades humanas.

Era como um ímã. Cada vez que ele se aproximava, mais eu queria me agarrar nele e não o soltar.

Nunca havia pensado sobre isso.

Não contei para ninguém que, depois daquela paralisia, eu não parava de pensar em Caim.

Sob seus sussurros quentes em minha pele, suas mãos rodeando áreas impróprias.

Eu nunca tive sonhos assim. Então, por que logo com Caim?

Eu parecia enfeitiçada pelo efeito Lykaios. Como já diziam as meninas, ele encanta qualquer uma com a sua beleza.

Finalmente chegou segunda. Eu acordei em meu quarto na torre alta do castelo. Abri o grande armário de madeira polida, e vesti meu uniforme escolar.

Penteei meus cabelos escuros, alinhando todos os fios ao meio da minha cabeça. Desci as escadarias de pedra, dando a visão da cozinha.

Estava silenciosa.

Suspeitava que os moradores, ou melhor, o único em que estava na casa, estivesse dormindo.

Sentei-me na beira da bancada de Carvalho, apreciando o lado de fora do castelo pela janela.

Fallen era frio e constantemente chuvoso. Porém, do castelo a cidade parecia mais escura, sombria e fria.

Tomei uma xícara de chá, observando devidamente os matérias em minha mochila. Tudo certo, agora eu deveria pegar o ônibus.

— Bom dia, anjo — A voz grogue falou na porta da frente.

— Bom dia, acordei você? — o perguntei.

— Claro que não, eu estive acordado desde a madrugada — eu franzi o cenho. Preferi evitar perguntar.

— Bom, eu tenho que estudar agora, licença — passei pela porta, no qual ele me deu um mínimo espaço de passagem.

Nossos corpos praticamente roçaram um no outro, se eu não tivesse saído um pouco mais rápido.

— Gostaria de carona? — ele perguntou, olhando diretamente para mim.

Eu duvidei, pensei e por fim. Aceitei.

Caminhamos para a garagem do castelo. Nunca havia entrado ali, por isso, não sabia nem onde era. Ele abriu o portão de ferro, vendo o Impala 67.

Me sentei ao lado do banco do passageiro, sentindo um frio na barriga ao carro ligar.

A floresta era densa e parecíamos seres únicos no meio dela. Ainda era possível escutar o som feliz dos animais, porém, as sirenes e os barulhos sonoros da cidade logo ao lado.

𝗔𝗡𝗚𝗘𝗟 𝗛𝗨𝗡𝗧, Fantasia e darkromance Onde histórias criam vida. Descubra agora