Capítulo 4

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Na casa dos Fiovaranti...

Pov. Liz

Após uma longa noite de sono, acordo e antes de abrir os olhos desejo que o dia de ontem tenha sido um pesadelo, mas ao abrir meus olhos a realidade me atinge fortemente. As lágrimas me atingem como uma metralhadora, a ficha cai, eu não irei embora tão cedo, minha vida agora é dentro desse drama que um dia eu já amei tanto, ao menos tenho meu irmão comigo, alguém da minha antiga vida.

Lembro que tenho uma entrevista no hospital, não faço a mínima ideia de qual vaga poderia preencher, talvez direito hospitalar? ou talvez aqui eu tenha uma profissão diferente? Eu não sei, mas escuto batidas na porta, solto um "entra" e vejo meu irmão passando pela porta com alguns papéis.

Tony: Encontrei junto com os documentos dos nossos pais. - ele me entrega um certificado, que ainda está no pacote. - Você já está formada, irmã, e eu também.

Liz: Deixa eu ver isso... médica? Só pode estar brincando. - a cara de Anthony não ajuda, ele está a um passo de rir. - Não ouse rir. - Não adiantou avisar.

Tony: Isso aqui realmente é um pesadelo, ao menos eu sou formado em direito já, coitada da pessoa que se atender com você. - ele diz rindo.

Liz: Eu não sei o que fazer... Tony, eu não sou médica, meu deus... eu vou surtar. - Digo chorando, meu irmão vem até mim e me abraça.

Tony: Ei, vem cá... se acalma, você será perfeita em tudo que fizer, basta ter paciência. - Diz. - E trabalhará com aquele loiro que tu acha gostosão, olha que bônus bom.

Liz: Eu tinha 17 anos, Tony, e com certeza a esposa dele me arrancaria os cabelos. - Ele ri. - Vou tomar um banho e logo desço pro café, vamos enfrentar de frente essa cidade e tudo que vai acontecer de maluco.

Tony: Vamos, irmã. - Ele ri e sai. - Vou preparar nosso café, não demora.

Levanto da cama, caminho até o banheiro, lembro-me a todo momento de Estevan, me pergunto como ele está, sinto sua falta o tempo todo, eu não queria ter partido, eu o amava tanto. O conheci no meu primeiro dia de aula, ele era veterano, e topou a minha loucura de entrar na atlética, afinal, ele era o presidente na época, após ele se formar, eu assumi. Ele fez algumas pós, já exercia profissão em tributário. O dia em que ele me pediu em casamento foi o melhor da minha vida, ele foi todo cuidadoso e certinho, pedindo a permissão do meu pai, meu irmão ajudou ele a organizar todo o local, o meu sim foi de imediato. Quando percebo, já estou com o banho finalizado e com os olhos vermelhos, me seco e vou até meu closet, pego uma roupa social, uma bota e um casaco, vou até a penteadeira e faço uma maquiagem leve, escovo os cabelos, me olho e me agrado com o que vejo, pego minha bolsa e desço as escadas.

Tony me olha e sorri, meu irmão é o ser mais amoroso que eu conheço, sempre foi assim, ele sabe que chorei, meus olhos me entregam.

Tony: Talvez um óculos ajude. - Ele me entrega uma caneca de café. - Vem comer algo.

Chego na mesa e tem panquecas, frutas e geleia, como algumas frutas, tomo o meu café e me despeço do meu irmão.

Liz: Se cuida, e obrigada. Eu te amo, Tony. - Lhe dou um beijo na bochecha.

Tony: Boa entrevista, eu te amo, Lizzie, qualquer coisa me liga. - Ele sorri, me dá um beijo na testa.

Me levanto da mesa, sigo até a garagem. Mais um desafio. Entro no carro, abro a porta da garagem, ligo o carro e dou ré, ao sair olho para os dois lados e manobro.

Presa em CrepúsculoOnde histórias criam vida. Descubra agora