São uma hora da manhã, e o pobre garoto se encontra deprimido, aborrecido é a melhor palavra para descrever seu estado atual, no momento abraçava um travesseiro fofinho e macio, enquanto franzia as sombrnacelhas de maneira raivosa.
Se perguntava o tempo inteiro o por que se seu pai ser assim, e se isso realmente seria bom e se seu pai estaria certo, mas a verdade é que não sabia, sentia raiva por ter que fazer algo que não quer, mas realmente não sabia se seu pai estava sendo verdadeiro e bom. Era difícil acreditar em seu pai, que tinha tremenda imaturidade e traços ruins, de se achar superior que qualquer um, literalmente por ser o rei, se auto elogiar o tempo inteiro.
A verdade é que Lúcifer se sentia insuficiente. A vingança sempre machuca mais que decide faze-la, por isso dói tanto. A inveja dói e como Lúcifer queria ser mais que seu deus, foi expulso, mas um vazio constante surgiu em seu peito, um vácuo que nada preenche. Lúcifer sempre buscou aprovação para se sentir melhor, fazendo essas afirmações, agindo desse jeito como se fosse poderoso, como se exalasse uma áurea de poder. Mas é apenas mais um homem de coração ferido, que não aceita suas fraquezas e mudanças.
Enquanto isso do outro lado, os anjos faziam uma ceia, em comemoração do aniversário de um outro ser, um anjo serafim, muito querido no céus. Esse anjo era loiro, de pele clara, e tinha tudo de bom e de melhor.
-Parabéns para você!~ Nesta querida!- O anjo cantarolava para o aniversariante que se encontrava deitado em uma nuvem.
- Ah... Chega, eu já escutei isso o dia inteiro na universidade, você poderia me deixar em paz?- O anjo pergunta revirando os olhos para seu colega, de maneira cansada.
- Ahh! Qual é? Eu tô animado!- Disse o de tranças cantarolando ainda.
- Isso realmente é muito fofo e eu aprecio sua atitude, mas eu não quero que cante.- O serafim diz e no fim dá um leve suspiro.
- Mas eu sou o melhor cantor do céu!- O homem continuou falando sobre cantar.
- Venti, pelo amor, vaza.- O anjo disse de maneira raivosa. - Ninguém liga se você é o melhor, eu só quero paz.- Ele disse botando a mão na testa, que se encontrava já com veias saltando de nervoso.
- Mas você está no céu, você tem paz, você tem tudo.- Venti disse levantndo uma sombrancelha. - Quem me dera, ter tudo isso, ser feliz assim.- O de cabelos verdes águas disse olhando para cima.
- Você não sabe nada sobre a minha vida.- O anjo disse olhando de maneira séria para o garoto.
- Porra...- Venti disse suspirando. - Você tem jeito de demônio, é difícil acreditar que você é um anjo.- Ele suspirou. - Então tá.- Ele sorriu uma última vez saindo daquela conversa e daquele local.
O anjo novamente se ajeitou e pegou um livro que estava lendo, finalmente estando sossegado, coisa que Venti não consegue fazer. Ele quieto, lia e sentia o clima dos céus tocar sua pele, era agradável.
- Você não deveria pegar tão pesado com ele.- Shenhe surgiu ao seu lado, então ela estava ouvindo o tempo inteiro.
- Caralho que saco!- O anjo exclamou fazendo sua voz ecoar nos céus, enquanto todos começaram a olhar para o mesmo.
Um silêncio desconfortável e esquisito se propagava naquele ambiente, e o anjo sentia constrangimento, mas continuava estressado, por estar vivendo isso novamente, em seu aniversário (todos os dias) ele é zoado e os fedelhos da terra comemoram esse dia, mas na verdade, ele foi marcado na mente do anjo como um dia de misericórdia.
- Muito bem.- Shenhe disse olhando para o anjo. - Já basta, adeus.- Ela disse fazendo o encantamento de exorcismo e sumindo daquele ambiente no meio da neblina que rodeava o céu.
Logo o barulho dos portões ecoou, o príncipe se assusta e quase se encolhe de nervoso, os portões eram os do quarto de seu pai ou mãe, que ficava no topo do céu, mostrando estar acima de todos.
- Aether.- O pai ou mãe, chama o garoto.
A voz era andrógena, pois o ser superior do céu, não é homem nem mulher, nem negro, nem branco, pois assim poderá ver como os humanos agiriam no purgatório ao ver sua forma sendo um homem negro, ou uma mulher. Então ele poderia ser tudo, tudo que você quiser, tudo que ele quiser, pois o poder da sua criação e criatividade é maior do que a de qualquer coisa que existisse no céu, na terra e no inferno.
- Sim?- O garoto responde de maneira meio assustada, e suas vozes por terem p posto maior eram mais altas quando queriam, igual lúcifer.
O pai aparece na janela, com suas vestimentas de sempre e com ajuda de alguns anjos, desceu uma escada feita de misturas de gases e nuvens, lentamente foi descendo, sem pressa nenhuma, pois a bronca podia ser aplicada qualquer dia.
Na verdade para a surpresa dos outros que assistiam a cena, o vexame, o soberano já cansado, usou seu poder e teleportou para a cama onde seu filho estava deitado.
- Como ousa? - O pai critica seu filho o olhando nos olhos, e seu rosto tinha um semblante de desgosto .
- Perdão... Papai, eu só...- O anjo já lamentava antes de receber a sua bronca.
- Você é um anjo. Pare de agir como um demônio.- O pai levantou um pouco o seu tom de voz e deu um tapa na cara de seu filho, um tapa estalado. -Você só não é a maior vergonha deste lugar, pois Lúcifer está na sua frente.-Disse o ser superior para seu filho.
-Eu não quero ter que lembrar dela.-O anjo disse olhando para cima. -Mas você insiste em me lembrar, todo santo dia é a mesma merda.- O garoto murmurra reclamando novamente de seus dias.
- Mas é óbvio seu tolo, você precisa aprender a lidar com isso, enquanto não aprender a ignorar, vou fazer questão de te lembrar todo santo dia.- O pai do garoto disse de maneira fria, sem mais nem menos.
- Você é...-O filho trava, não conseguindo completar a sua frase.
-O que?! Vai sujar mais sua imagem? Seja o homem que eu te criei para ser.-O pai disse e deu outro tapa na cara do filho, e pela força angelical era possível ouvir o estrondo a longa distância.
O filho olha para seu pai, cuspindo o sangue que havia em sua boca, que havia sido cortada com seus dentes que eram relativamente pontudos, limpou sua boca já suja enquanto seu rosto ardia.
-Acho bom que você tenha entendido, eu fui claro?-Ele disse olhando para seu filho.
O ser bateu a mão e apareceram as enfermeiras e cuidadoras de saúde do local ao lado do soberano.
-Não cuidem dele, ele precisa aprender a lição, ouviu? Pecador.-Ele debochou uma última vez de seu próprio filho antes de voltar para seu quarto.
O loiro, ficou ali largado com a boca sangrando, suas feridas eram feias, era provável até de ter deslocado seu maxilar, mas isso não aconteceu, pois o pai iria perceber e iria avisar os cirurgiões para deixarem o mesmo sozinho e ferido.
- Eu não sou como aquele palerma.-O anjo murmurrou, sabia que seu pai tinha em mente lúcifer, que soava impuro como seu filho corrupto.
A verdade é que ele apenas é um garoto traumatizado, que tem "tudo de bom", inclusive o cadáver de sua mãe deitado ao lado de sua cama sobre uma manta dentro de uma caixa de vidro feita para preservar seu corpo que iria apodrecer, parecido com o processo de mumificação.
-Você é horroso.-Ele murmurra cuspindo novamente sangue depois, dizia isso para seu pai. -Eu ser corrupto, é culpa tua.-Ele disse sentindo sua visão escurecer, enquanto murmurrava sozinho, deitado de boca aperta sobre a nuvem que enchia de sangue de sua boca, junto de saliva.
O garoto desmaiou já sem forças para se manter em pé, a pancada era dolorida, mas consumia muita energia por ser doninada por alguém com muita dominância de energia, seu pai era extremamente forte e isso que o assustava, não poderia dete-lo e se descobrissem que ele pensa nisso, ele seria expulso, pois ninguém desafia deus.
Do outro lado no inferno, tudo corria como Lúcifer planejava, aquele lugar teria de tudo, praticamente um espelho da terra, mas sem as mesmas leis, mas mesmo com leis é um péssimo lugar, igual o inferno, mas diferentemente, o pai do príncipe o tratava com respeito.
Talvez o céu não seja esse lugar perfeito que todos dizem que é[...]
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Crucified.
FanfictionUma história entre o inferno e o céu. +Xiaoether +Gay +Henshin +Lore +Nerd/geek