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Narrador Marsh {Matheus}- Aviso

Oi gente boa noite! Gente então, eu não escrevi durante esse bom tempo pois dês daquela vez que eu peguei a ambulância e fui para a emergência eu venho passado mal, e posso dizer que isso mecheu até um pouco com meu psicológico, é chato estar doente, eu permaneço doente até agora, muitas das vezes eu tinha de faltar a escola e ficava complicado ter que explicar que eu não estava bem, eu estou com um relatório pronto agora, como isso não é um emprego e não preciso mostrar relatório não vou, mas eu queria me desculpar com a demora e nenhum aviso, eu ainda estou doente, mas tô me tratando com o tempo.

Basicamente, é uma fermentação de comida do meu estômago, e eu não posso comer diversas coisas, e não posso glútem, leite, nem açúcar, deveria evitar o adoçante pois faz mal e o cosumo de sódio pois alimenta já uma tendência alta cancerígena que eu tenho. Essa fermentação afetou meus rins, e como os rins são o filtro de sangue, meus outros órgãos foram afetados, todos, e eu estou com até a coluna torta por conta desses problemas, e meu ar não está indo lara o cérebro, ou seja, o sangue não chegando até o meu cérebro, tenho picos altos de desmaio e fico bom tempo desacordado.

Expliquei certo pois senti que deveria explicar o por quê exatamente de eu não estar escrevendo, muitas das vezes eu infelizmente já recebi cobranças mesmo quando doente e certas pessoas trataram como um drama da minha parte, mas enfim, eu realmente sinto muito novamente por não ter sido capaz de avisar vocês, mas agora que estou bem e em casa, posso escrever, obrigado gente  <3

Mas não se sintam preocupados, eu asseguro vocês de que estou bem pois o tratamento já está sendo feito :D

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Era manhã, e o anjo estava em sua aula  de vôo, tentava inventar desculpas para não abrir suas asas, com medo delas estarem completamente negras, então apenas falou que estava sentindo dor e se sentou num banco próximo, todos seus amigos e anjos estranharam seu comportamento, como se algo tivesse acontecido com ele, e nunca mais ele tivesse sido o mesmo garoto.

Talvez suas olheiras profundas entreguem um pouco dessa sua imagem, mas algo estava diferente, tinha algo diferente sobre ele, de fato, até os professores o acharam estranho, ainda mais por ser filho de Deus, tudo contribuiu para seus olhares maldosos.

-Ah sim, então você se machucou e não consegue voar?- O professor questionou com um certo deboche nos olhos.-Você é homem, não deveria se preocupar com um arranhão, isso é drama, vai ganhar falta.-

-Não é um arranhão viu? E a culpa não é minha de estar com dor, mas você escolhe se vai ser bonzinho ou babaca.- Disse a ele e o olhou.-Mas não posso fazer nada pra te convencer de que eu me machuquei, os anjos curam e tiram as cicatrizes e hematomas.- Cruzou os braços e o olhou novamente, dessa vez de cima a baixo -Infelizmente que eu saiba, não há método de cura que não tira cicatriz de anjo.-

-Olhe sua boca garoto!- O professor brigou com ele e o olhou com um olhar o repreendendo.-Nem parece um anjo.- Disse a ele.-Mas se foi curado não deveria sentir dor... Mentiroso!- Pensou e se levantou.

-É que eu não posso te mostrar aonde foi o machucado! Mas eu não me curei..- Disse a ele e o olho com um olhar meio derrotado por ele ter o -descoberto.

-Acabou de citar que não é sua culpa esse ser o método de cura! Acha que eu sou idiota garoto?- Brigou com o aluno levantando uma sombrancelha e o olhando com enorme desgosto nos olhos.

-Eu... Porra... Você pediu otário.- Disse a ele e tirou a camiseta desabotoando, pois não queria que aquela rasgasse, então abriu suas enormes asas, que estavam quase totalmente negras e o olho.- Está satisfeito? Todos os alunos estão me olhando com essas enormes asas.- Disse a ele -Antes era o tamanho que chamava atenção, mas é por que estão negras e caindo as penas, minha coluna está destruída.-

-O que?! Que porra?- O professor anjo xingou e botou a mão na boca. -O quê? Zorra...- E se corrigiu de maneira patética. -Aether... Seu ser poluído! Você fez um contrato com um demônio?! Que horror...-Ele falava decepcionado com seu aluno, com um olhar de desgosto.

-Merda professor... Claro que não!- Disse com uma expressão triste.-Então é um contrato?! Mas eu não me lembro de nenhum contrato que fiz... Por que isso está acontecendo comigo?- Reclama e olha com um olhar realmente confuso que transmitia angústia.

-Vá até a diretora e resolva isso, não tenho como te ajudar...- Disse impressionado com a situação, logo um filho de deus tão próximo, então falou enquanto se afastava aos poucos andando para trás de maneira desajeitada, como se tivesse medo.

Então Aether saiu de lá, com as asas ainda abertas andando pela escola, todos que passavam o olhavam com olhares impressionados, de julgamento, de choque, e ele se sentia pressionado com tantos olhares, fechava levemente as asas envolta de si enquanto abaixou a cabeça olhando para seus sapatos bonitos enquanto andava, tentando ignorar os malditos olhares.

Enquanto ele andava, Xiao no corredor viu o quão intenso estava, a cor e o estado de suas asas haviam se agravado, e observou como o garoto parecia abandonado e desolado, como um menino pequeno perdido, e andou atrás dele o acompanhando até o lugar que fosse sem nem ter ideia.

Os passos de Aether não eram rápidos como uma corrida, mas era uma andada rápida, havia suor em sua testa pela tensão e finalmente parou na frente da diretoria, abriu as duas grandes portas sem medo do que encontraria ali, e então lá estava a diretora apenas comendo torradas.

No momento em que ela viu ela cospiu um pedaço da torrada, como se tivesse engasgado de choque, e logo após isso o demônio apareceu atrás de Aether, botou uma mão em seu ombro quase como se fosse um apoio ao loiro.

-O que foi?- Xiao questionou rápido e baixo olhando para o loiro que apenas balançou a cabeça como se negasse conversar

-Oh céus! O que é isso?!- A mais velha questionou com os olhos arregalados. -Garoto você já é problema, mas isso é demais!- Ela ainda fez questão de o lembrar.

-Por favor pare com isso..- Xiao pediu calmo para tranquilizar a diretora.-Não vê como ele precisa de ajuda?- Disse a ela.

-Tia... Eu não sei como isso aconteceu..- Ele disse meio chocado e triste ainda, estavam mais escuras, via seu reflexo na televisão que tinha, e parecia nervoso, até usou um apelido infantil para se referir a uma moça mais velha.

-Eu... Olha garoto eu não suportou mais ter que lidar com você..- Ela reclamou e botou a mão na testa.- Está bem, os dois aqui na sala por enquanto.- ela disse antes de fechas as duas portas indicando que seria uma conversa pessoal dos três.

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1186 palavras

Desculpa o pouco do cm 3%

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