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Um rapaz acordou, coçando os olhos, um sol horroroso invadia seu quarto, se perguntava o por quê dos empregados deixarem as cortinas abertas, pegou seu roupão roxo, e então ele se levantou desanimado, sua cabeça era invadida por pensamentos sujos.

Ontem a noite foi esquisita, seu amigo estava em uma má situação, e a única reação desse rapaz, foi rir, depois de cheirar a cocaína mais pura, queria se afogar de veneno, um veneno causado por ele mesmo, gostava da ideia, na verdade nem era de se gostar, mas era mais interessante do que qualquer coisa.

Seus cabelos lisos estavam uma bagunça e em sua cara estava estampado os efeitos das drogas, as drogas que a família dele fabrica, tomou seus remédios balançando o potinho, talvez tenha colocado um pouco a mais, para não perder o juízo. Talvez fosse doente o suficiente pra matar alguém de puro ódio, se perguntava quando se perdeu, ou se achou, pois não sabe mais o que é.

É um praticamente uma entidade, não sabe-se o que é, não queria tratamento, bebia água e tomava seus remédios para ficar chapado, mas nunca desejou se curar, até mesmo por que em sua concepção, nunca esteve doente.

Acariciava sua própria pele nua, sentindo todas suas cicatrizes entre um sorriso meio cínico para ele mesmo, não ligava para ninguém, para nada, não ligava para os malditos seres que morrem de pobreza lá fora, e se fosse ele, não se importaria, pois não se importa com a vida de ninguém e o mesmo serve para ele.

Não sabia o por quê de estar vivo, talvez por que o suicídio seja muito polêmico e o canse extremamente, ele tem potencial para fazer um espetáculo suicida, mas sua preguiça é muito grande, mesmo no fundo proucurando um aperto de mão com dióxido de carbono.

Queria apenas o mais puro vácuo e ódio, todo rancor e nojo, desprezo da sociedade, e talvez... Manter o extermínio, o melhor seria matar tantas almas inúteis, e deixar apenas os fortes, talvez por isso quer seu amigo mais ignorante, por que se não, ele vai se tornar um verme, como as almas humanas e sensibilizadas, que lhe-causa calafrios de ódio e frios na espinha.

Isso, em apenas uma manhã, era pensado, enquanto ele ouvia Cálice de Chico Buarque, conseguia remexer seu corpo de maneira esquizóide e desproporcional, sua flexibilidade lhe permetia torcer seus ossos na dança, enquanto se mechia de maneira esquisita completamente nu, olhava suas próprias tatuagens que corriam nos seus braços como vinhas amarradas, eram lindas.

A luz do seu banheiro, estava completamente apagada, só apenas a luz da janela entrava, e era fraca, sentia a solitude batendo forte, ele podia ser totalmente narcisista e satisfeito consigo, mas não tolerava a sociedade, e por isso, queria estudar, para ser o mais forte e exterminar todos, e depois cometer um suicídio com uma dança esquisita, embaraçada e macabra na ponta de um prédio, sonho, sob o luar, pensar aquilo tirava um sorriso muito grande do garoto.

Não sabe-se bem sua identidade pois é um alguém muito suspeito, que tem muita influência, mas é alguém poderoso, poderoso o suficiente para tomar todo poder se quisesse.

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O príncipe infernal tinha seus olhos presos no relógio, vendo ele badalar, tic tac... Tic tac, ecoava em sua cabeça e na sala, o tédio consumia o seu ser que esperava ansiosamente para o último sinal bater, batia seu pé freneticamente no chão enquanto o professor mechia no celular sentado, totalmente despreocupado com seus alunos.

-Ah... Puta merda, isso vai durar o dia todo?- Scaramouche xingou perto do amigo enquanto mechia no celular totalmente entediado.

-Não aguento mais um segundo disso.- Disse enquanto se espreguiçava de maneira desajeitada, seus olhos dourados lacrimejavam nos enormes bocejos.-Hum... que soninho.- Ele disse e se deitou na mesa.

-E como foi com o anjo?- O de cabelos mais escuros questionou o mais baixo olhando seu comportamento esquisito.

-Foi bom... Ele deitou na minha cama e nós dormimos quase abraçados.- O príncipe infernal diz enquanto olhava para o amigo que não demonstrava surpresa.-Foi muito bom, pra ser sincero, queria passar a manhã inteira lá.- Disse meio relaxado como se fosse algo simples como comer sorvete.-

-Tá apaixonado, puta merda.- Ele disse olhando para seu amigo e rindo zombando de seu amigo, mas no fundo achava meio rápido demais.

-Não, é que ele me deixou relaxado, como se estivesse chapado.- O de cabelos esverdeados comentou, e se sentia meio alegre, algo nada comum.-Mas quando ele estava perto do meu ouvido, senti que eu podia falecer, ahh foi incrível.- Xiao disse sorrindo lembrando dos momentos hoje quando acordaram.

-Não preciso de tantos detalhes- Scaramouche disse olhando o amigo com um olhar meio enojado.-Que bom que você admitiu que sente algo.- Scaramouche sorriu.

-Tipo, eu ficaria com ele tá ligado, mas só isso.- Xiao afirmou com a cabeça enquanto dizia aquilo meio na brisa.

-Eu diria para não se apaixonar, amor vindo de qualquer um vai te foder, nem que sejam seus pais.- Ele disse enquanto levantava as sombrancelhas, mostrava o quanto se sentia certo daquilo.

-Eu não pretendo, na verdade nem deveria pensar em ficar, ele é um anjo e eu um demônio, isso seria muito horrível.-Xiao afirmou enquanto  levantava seu corpo e sua coluna lentamente da mesa. -Tô perdido de errado.-

-Então tenta esquecer, não fica imaginando ele como algo incrível, se não acha certo não faz ué.- Scaramouche retrucou vendo seu amigo falando que rejeita essa ideia de namorar com anjo, por que ele não é assim, mas está pensando como um bobo, é uma ceninha chata. -Larga de Show que você não é a Xuxa.- O seu amigo disse a ele e ouviu o sinal tocar, deu tapinhas nas costas de seu amigo e deram um belo toque de mão.

-Beleza, tchau.- Xiao disse ao mesmo sorrindo, sabendo que seu amigo estava certo, era só uma cena dele, por que no fundo ele gosta, ele não é sensato e claro sempre igual seu amigo, então aceita seus conselhos. -Valeu.- Agradeceu seu amigo apertando sua mão com firmeza, e o som do toque de mão saiu uma palma perfeita de primeira, suas energias e áurea eram idênticas, quase como se tivessem o mesmo sangue em suas veias.

-Tchau.- Scaramouche se despediu e nem disse algo como "Denada" pois não aceita esses agradecimentos bobos, se sente irritado por esse jeito sensível e gentil, talvez por que ele tenha inveja de quem é assim.

Então o príncipe deixou a sala, seus passos para outros capazes de ver seu poder, eram pesados, como um enorme robô, mas para os que olham sem tanta precisão, ele soava suave como um bailarino, sua roupa era elegante, ele parecia ser estudioso, decidido e tranquilo, passava a imagem de tudo que não era.

Já aquele anjo, tinha um passo nada gracioso, mas poder pesado de forte, andava de maneira rebelde, mas era tão bonitinho que fazia seu andado ser angelical e doce. Enquanto Xiao andava pelos corredores encarou o príncipe angelical, que estava com aquele maldito.

Lyney, e seu andado era rebolado e debochado, conversava alegre, e sua áurea era imensa, mas a de Xiao e Scaramouche, possuíam um mal muito maior.

Xiao olhou na alma do loiro enquanto andava até passar deles, maneteve seu olhar fixo, realmente pelo o que aparenta esse tal de Aether não é boa opção, rodado, fica com todos e todas sem se importar. Logo Xiao ouviu risadas distante e se virou, Aether estava se despedindo de Lyney que iria andar com sua irmã, viu Aether voltar lentamente e se virou fingindo não vê-lo.

-Tsc...- Xiao estalou a língua em seu céu da boca, tentando fugir daquele maldito momento, caminhou mais rápido, e seu perfume praticamente deixava um rastro, que cheiro delicioso.

Talvez se sentia meio obcecado, ou Aether escolhe ele ou eu para se ter como seu amigo, ou se não irá perder a chance de ser amigo de um demônio simpático, e que cheira super bem, tatuado e príncipe.

O que será que esse maldito loiro vai fazer sobre isso?

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1378 palavras💀💀
To tao cansado
Obgd gente
Sério mto obgdo msm
Bjos
Amo vcs
Boa leitura💔💔🙏🙏🙏

Crucified.Onde histórias criam vida. Descubra agora