A casa na clareira

6 2 1
                                        





                                         𝐄 por isso,
                                         eu digo que estou
                                         morto.


─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭──꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─꯭─

──────────────────────────

Eu suspiro incansavelmente,
e minutos depois sinto-me dormente.

Sei onde estou, mas não
entendo o meu presente;

Enxergo luzes distantes
na mata à frente.
Assemelham-se aos olhos de um mesmo ser.

Quase uma hora e a madrugada está ardente, para o maníaco, deve ser excitante.

Respiro e expiro três vezes,
de modo prolongado e exaustivo.

A minha casa é um lugar vazio, o sangue já está frio.

Os problemas se vão, as preocupações dão adeus, não se escutam gritos de pavor.
E adiciono que não terei o meu socorro.

Deixei as janelas abertas, e o cheiro chamou a atenção deles.

As folhas caem, o vento passa sobre as árvores,
trazendo-me a adrenalina.

Ela percorre minhas veias, mas o medo a congela nos meus pensamentos.

Não me mexo, fico parado atrás da porta de madeira bruta.

Sendo surrada com punhos de fúria, eu espero o meu futuro.

E com o defunto, sento-me ao lado. Belo, ainda que pálido, macio, ainda que gélido.

Os seus olhos travaram na expressão de surpresa, a qual me tira uma boa risada.

Por fim, não há mais tempo para piadas, estão na nossa casa.

Juntarei-me a ti, usando o mesmo martelo que te impediu de fugir.

Quem sabe em outro lugar, nós seremos felizes?




───────────────────────────────────

───────────────────────────────────

The FallOnde histórias criam vida. Descubra agora