Oficina do Diabo

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                                            ❝𝐍ão penso, logo
                                        pratico homicídio.❞                                                                                  — ?


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O conciliábulo decidiu,
e mesmo você que já fugiu
ao pó se reduziu.

O terreno seco,
as árvores mortas,
a névoa escura...

O Círculo de fogo
em sua volta.

"Expurguem-no!"
Gritam em voz alta.
Adiantaria?



Mente vazia, culpa não tinha,
tempestade no céu não havia.
Desta vez, podia dizer que
a raiva era só minha.

As mãos trêmulas
eram as minhas.

O carrasco
estava nelas.

Mas o sangue derramado
não era meu.

O choro exaltado
não era meu.

A maldição
não vinha de mim.

Não sei mesmo o que dizer,
mas a mágoa inexistente
faz até cerrar o dente.

Acho que você entende,
meus pensamentos trabalham
da maneira que ele fala.

"Ele?", pergunta.
"Ele.", resposta.

Só eu posso escutar,
ele sempre está a me observar,
mas não posso o ver.

Logo, julgue-o e não a mim.
Persiga-o e não a mim.

Não esqueça-o,
seu nome é...

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Consequentemente, estou preso,
de um crime que declaro não ter feito.
Digo novamente, culpado não sou.

Não sou... não.
Nesta dança macabra,
o diabo é quem maestra.

Então, só eu que presta?
Talvez, vocês são só marionetes.
Quanto mais se mexem,
há menos liberdade.

Lembrem; o culpado é ele,
nada me interessa.


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The FallOnde histórias criam vida. Descubra agora